As sextas eleições autárquicas em Moçambique, realizadas no dia 11 de Outubro, foram ganhas pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que conquistou 64 dos 65 municípios em disputa, de acordo com os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições. Na cidade da Beira, capital da província de Sofala, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força política parlamentar do país, manteve a maioria no município.

A Comissão Política da FRELIMO, reunida no dia 31 do passado mês, sob a direcção de Filipe Nyusi, presidente do Partido e da República de Moçambique, agradeceu ao povo moçambicano pelo voto no partido. Defendeu que o período pós-eleitoral «deve ser um momento de reflexão e união para todos os moçambicanos». Condenou, de forma veemente, «os incidentes registados que culminaram com a perda de vidas humanas e feridos, a destruição de bens públicos e privados». E reiterou «o apelo ao diálogo construtivo para a paz efectiva e duradoura», com vista à contínua consolidação da democracia moçambicana e da confiança nos órgãos eleitorais e da justiça. Instou ainda os partidos políticos e os cidadãos em geral a «distanciarem-se de actos que colocam em causa o ambiente de paz, união, civismo, convivência harmoniosa e postura de cidadania dos moçambicanos».

A direcção da FRELIMO registou «com satisfação» o desempenho da governação nos primeiros nove meses de 2023, caracterizado pela estabilidade macroeconómica, pelo crescimento do PIB em 4,4 por cento e pela redução da inflação. E saudou as Forças de Defesa e Segurança que, em coordenação com a Missão da Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral (SADC) e com forças do Ruanda, «registam avanços no teatro operacional Norte, na defesa da Pátria face à acção terrorista, resultando na restauração da estabilidade e das actividades sócioeconómicas da população naquela região do país».