Trabalhadores e Abril em destaque em Guimarães

A Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Braga (DORB) do PCP­pro­moveu, sá­bado, 7, uma sessão pú­blica sob o lema «Va­lo­rizar os tra­ba­lha­dores e de­fender Abril, res­posta ne­ces­sária». Na ini­ci­a­tiva, usaram da pa­lavra Je­ró­nimo de Sousa, membro do Co­mité Cen­tral do PCP, José Ma­nuel Mendes, es­critor, Ale­xandre Leite, membro da DORB do PCP, He­lena Pei­xoto, tra­ba­lha­dora em fun­ções pú­blicas, e José Mi­guel Braga, pro­fessor e en­ce­nador.

Je­ró­nimo de Sousa clas­si­ficou a si­tu­ação do País como sendo o re­sul­tado de uma con­ti­nuada ofen­siva contra os di­reitos, con­di­ções de vida, or­ga­ni­zação e uni­dade dos tra­ba­lha­dores, com um gri­tante agra­va­mento das in­jus­tiças so­ciais e evi­dentes re­tro­cessos em vá­rios planos. Ilus­trando com vá­rios exem­plos, o ex-Se­cre­tário-Geral do Par­tido ex­plicou que as op­ções que trou­xeram Por­tugal a uma cres­cente con­cen­tração da ri­queza nas mãos dos grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros e ao em­po­bre­ci­mento de am­plas ca­madas so­ciais, mantêm-se pela mão do Go­verno do PS, o qual, acusou, age de­li­be­ra­da­mente a favor do grande ca­pital e em con­ver­gência con­creta, em muitas ques­tões, com PSD, CDS, Chega e IL.

Des­tacou, por isso, «a luta pela va­lo­ri­zação dos tra­ba­lha­dores e pelo au­mento dos sa­lá­rios como a ba­talha pri­o­ri­tária», e des­tacou «a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa (CRP) como ga­rantia de um acervo de di­reitos fun­da­men­tais que urge de­fender e fazer cum­prir».

He­lena Pei­xoto, por seu lado, de­sen­volveu a abor­dagem dos pro­blemas la­bo­rais e do agra­va­mento da si­tu­ação dos tra­ba­lha­dores, a par da im­por­tância de sal­va­guardar os ser­viços pú­blicos, ao passo que José Mi­guel Braga usou a letra da mú­sica «Li­ber­dade», de Sérgio Go­dinho, como ponto de par­tida para a re­flexão que pre­tendeu sus­citar. «A paz, o pão, a ha­bi­tação, a saúde, a edu­cação» são exi­gên­cias do nosso tempo e, pe­rante o pen­sa­mento único que as classes do­mi­nantes pro­curam impor, de­sa­fiou os pre­sentes a in­qui­e­tarem-se e a in­ter­virem.

Também José Ma­nuel Mendes con­si­derou, igual­mente, que é de cres­cente im­por­tância de­fender a CRP num mo­mento em que PS e PSD pro­curam um en­ten­di­mento para mais uma re­visão gra­vosa do texto. Já Ale­xandre Leite, em nome da DORB do PCP, afirmou que a vida dos tra­ba­lha­dores e de am­plos sec­tores da po­pu­lação co­nhece mais di­fi­cul­dades en­quanto um pu­nhado de pes­soas con­centra lu­cros como nunca, con­cluindo que a si­tu­ação dos tra­ba­lha­dores e do povo e o fu­turo do País exigem uma po­lí­tica que as­se­gure a so­be­rania, o de­sen­vol­vi­mento, a me­lhoria das con­di­ções de vida po­pu­lares, a de­fesa e re­forço dos ser­viços pú­blicos, o cum­pri­mento efec­tivo dos di­reitos que a Cons­ti­tuição con­sagra.

Houve ainda tempo para in­ter­ven­ções da pla­teia, nas quais foram co­lo­cadas vá­rias ques­tões re­la­ci­o­nadas com os pro­blemas da ju­ven­tude, da luta pelo di­reito à ha­bi­tação, os pro­blemas dos tra­ba­lha­dores das cu­te­la­rias de Gui­ma­rães, entre ou­tras.





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