Descontentamento sobe na indústria têxtil

«Se não nos deixarem alternativa, o único caminho é a greve», afirmou a presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, no dia 9, numa conferência de imprensa que teve lugar junto ao edifício da Autoridade para as Condições do Trabalho, na Covilhã. Marisa Tavares deu exemplos de vários atentados aos direitos dos trabalhadores, nos últimos dois anos, em várias empresas, tanto por desrespeito do contrato colectivo de trabalho, como por violação de direitos individuais.

Desde Julho, foram dirigidos à ACT mais de vinte pedidos de intervenção, em sete empresas, nos concelhos da Covilhã, Fundão, Belmonte e Castelo Branco.

Para «uma empresa alterar as férias e, nessa mesma semana e nas seguintes, não renovar contrato com os trabalhadores experientes, que já estavam há dois anos na empresa, e contratar novos, sem experiência», o sindicato admite que seja «para irem buscar apoios associados às contratações de trabalhadores de outras nacionalidades».

Marisa Tavares criticou as empresas, por recusarem aumentar os salários e o subsídio de alimentação. «Não tiveram vergonha de propor um aumento de 15 cêntimos e, nas empresas do Grupo Paulo de Oliveira, traduziu-se num aumento de 13 cêntimos», protestou a dirigente, interrogando «que sector paga 2,50 euros de subsídio de alimentação».

 



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