Luta dos médicos intensifica-se
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que tem em curso uma «volta» ao País para dinamizar a apresentação individual de declarações de recusa de trabalho suplementar, além do limite legal de 150 horas anuais, convocou uma greve nacional, para 17 e 18 de Outubro.
Na terça-feira, primeiro dia de greve, vai realizar-se uma manifestação, às 15 horas, junto do Ministério da Saúde, para «exigir um plano capaz de reverter a situação dramática a que chegou o Serviço Nacional de Saúde». A FNAM, que anteontem apelou à participação da Ordem dos Médicos e do sindicato SIM, pretende demonstrar ao Ministério e ao Governo «a grande unidade dos médicos na valorização da profissão e carreira», na reivindicação de«salários justos e condições de trabalho dignas» e «na defesa do SNS».
Mais de 2000 médicos já declararam que recusam superar o limite legal de horas extra, o que veio evidenciar os efeitos da falta de profissionais, a qual deixou de ficar escondida com o abuso de trabalho suplementar, observou a FNAM, dia 4, acusando António Costa e Manuel Pizarro como «os grandes responsáveis» por um problema que se deverá agravar em Novembro.