China e Síria estabelecem «associação estratégica»

Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Síria, Bashar Al-Assad, reuniram-se na cidade de Hangzhou, ratificaram o apoio mútuo e acordaram em estabelecer uma associação estratégica entre os seus países.

Pequim rejeita ingerência de potências estrangeiras nos assuntos internos sírios

A República Árabe da Síria e a República Popular da China divulgaram uma declaração conjunta anunciando o estabelecimento de relações de associação estratégica entre os dois países. O documento foi assinado no final de uma cimeira realizada entre os presidentes chinês, Xi Jinping, e sírio, Bashar Al-Assad, no dia 22, em Hangzhou, no leste da China.

As duas partes comprometeram-se a continuar o forte apoio mútuo em relação aos interesses fundamentais e às principais preocupações de cada um dos países.

A parte síria adere firmemente ao princípio de Uma só China e reconhece que o governo de Pequim é o único legítimo governo que representa toda a nação chinesa. Damasco reconhece também que Taiwan é uma parte integral do território chinês e apoia os esforços da China para preservar a sua soberania, unidade e integridade territorial.

Pequim apoia com firmeza os esforços da Síria para preservar a sua independência, soberania e integridade territorial, apoia o povo sírio para que retome o caminho do desenvolvimento e acompanha as medidas adoptadas por Damasco para manter a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento.

A China rejeita a ingerência de potências estrangeiras nos assuntos internos da Síria, bem como tudo o que afecta a sua segurança e estabilidade, e repudia a presença militar ilegal e o saque das riquezas naturais do país árabe. Além disso, Pequim insta o levantamento imediato de todas as sanções unilaterais e ilegais impostas à Síria.

Foi ratificado também o compromisso das duas partes de impulsionar a cooperação amistosa no plano da economia, comércio, agricultura, cultura, juventude e meios de comunicação. A parte chinesa continuará a oferecer toda a assistência que possa à Síria e apoiará os esforços sírios para a reconstrução e recuperação do desenvolvimento.

De igual modo, os dois países ratificaram a sua oposição categórica à hegemonia e à linguagem da força, assim como à imposição de sanções unilaterais e de medidas coercitivas ilegais.

Defender juntos a justiça e a paz

Durante a reunião com o seu homólogo sírio, Xi Jinping sublinhou que, ao longo de 67 anos, os laços bilaterais «mantiveram-se firmes apesar das mudanças na situação internacional» e que a amizade entre ambas as partes perdurou com o passar do tempo.

O chefe do Estado chinês recordou que a Síria foi um dos primeiros países a estabelecer relações com a nova China e a apresentar um projecto de resolução visando recuperar o lugar de Pequim nas Nações Unidas.

O presidente chinês manifestou a disposição de melhorar a cooperação bilateral e defender de maneira conjunta a justiça e a paz internacionais.

Do seu lado, Bashar Al-Assad expressou o seu apoio às iniciativas chinesas que promovem, mediante a integração e não o confronto, a segurança global e colocam o desenvolvimento no centro da agenda internacional.

«Hoje está a formar-se um novo mundo multilateral que devolverá o equilíbrio e a estabilidade do planeta. Todos devemos aproveitar este momento para lograr um futuro brilhante e prometedor. Espero que a nossa cimeira seja a base para uma cooperação estratégica de amplo alcance e longo prazo em diversos campos e uma ponte adicional de cooperação que complemente outras pontes construídas pela China», afirmou o dirigente sírio.

Após a visita oficial à China, a primeira que efectua desde o início da guerra de agressão à Síria, há quase 13 anos, Assad participou, juntamente com o seu anfitrião e outros dirigentes da Ásia e do Médio Oriente, na abertura dos XIX Jogos Asiáticos, que decorrem até 8 de Outubro, em Hangzhou.

Acções criminosas

Recorde-se que os EUA, a Turquia e Israel ocupam ilegalmente partes do território da República Árabe Síria, sendo que os EUA tem saqueado de forma sistemática os recursos petrolíferos deste país árabe. Para além disso, EUA e UE aplicam medidas coercivas desumanas e criminosas contra a Síria – a que procuram obrigar outros países –, tentando impedir a melhoria das condições de vida do povo sírio, martirizado por quase 13 anos de guerra, e a reconstrução e desenvolvimento do país.

 



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