A Festa. A luta de massas. A alternativa.

Armindo Miranda (Membro da Comissão Política)

A força do Partido reside na sua ligação organizada aos trabalhadores, ao povo e às massas

Estamos a oito dias da Festa do Avante!, a maior iniciativa político-cultural do País. Construída e organizada pelo PCP, são muitos milhares os portugueses de outros partidos e sem partido que se deslocam à Festa, onde desfrutam e saboreiam a liberdade, a alegria contagiante e a confiança no futuro, presentes de forma abundante na Festa do Avante!.

Mais uma vez, para além do leque muito alargado de opções, nomeadamente sobre espectáculos e gastronomia, os visitantes da Festa terão oportunidade de conhecer melhor o PCP e as suas propostas para resolver os problemas dos trabalhadores, do povo e do País, das quais ficam alguns exemplos:

  • considerar o aumento significativo dos salários como uma emergência nacional tendo em vista uma mais justa distribuição da riqueza produzida, criando condições para dinamizar o mercado interno e a produção nacional através do aumento do consumo e diminuir a pobreza no País;

  • na área da Saúde, se os portugueses produzem ou já produziram riqueza para o País, se pagam os seus impostos directos (como é o caso do IRS) e indirectos (o IVA), ou seja, se cumprem com os seus deveres perante o Estado têm direitos e não será pedir demais que lhes seja garantida assistência médica gratuita através do SNS, colocando ao seu serviço muitas centenas de milhões de euros que os governos da política de direita têm vindo a transferir para os privados, que fazem da saúde um muito grande e vergonhoso negócio;

  • ou ainda as propostas para responder aos problemas nos sectores da Educação e as carreiras dos professores; as propostas do PCP para responder ao drama de centenas de milhares de portugueses com necessidades de habitação, ao qual o Governo do PS responde com propostas que alargam ainda mais os já fabulosos lucros dos bancos; no apoio a pais e crianças, em especial a rede pública de creches, tão necessária e que o PCP propõe.

 

Conhecer e convergir

Os visitantes da Festa poderão ainda, através dos diversos debates e exposições, entre outras formas, aprofundar o conhecimento do programa do Partido e a construção da alternativa política, em convergência com outros democratas e patriotas.

Onde, em liberdade, o povo decida do seu destino num Estado democrático representativo e participado. E onde o desenvolvimento económico, assente numa economia mista, dinâmica, liberta do domínio dos monopólios, coloque o País a produzir, aumente a produção nacional, crie centenas de milhares de postos de trabalho, substitua importações por produção nacional e melhore as condições de vida material e espiritual dos trabalhadores e da grande maioria do povo português, eliminando as mais graves desigualdades e injustiças sociais.

A Festa voltará a ser certamente uma grande iniciativa de massas com todo o seu fantástico poder transformador, nomeadamente em relação ao preconceito anticomunista e alargará o prestigio do Partido.

 

A tarefa e as forças

Tem, por isso, muita importância que as organizações e cada militante do Partido assumam como tarefa prioritária, nos próximos oito dias, em todo o País, conversar com muitos milhares de homens, mulheres e jovens, ajudando-os a decidir pela ida à Festa. Todos os dias, nas empresas e na rua, com bancas, som adequado e propaganda, divulgar a Festa e a vender a EP:esta é a tarefa de cada um e de todo o Partido.

E será tanto maior quanto mais alargado for este trabalho, a realizar nos próximos dias, que ajudará ainda a dinamização da acção reivindicativa e a luta dos trabalhadores e das populações, que, pelo que já se conhece, terá grande dinamização e desenvolvimentos a partir de Setembro.

A história do Partido indica-nos de forma clara que desde a sua origem a força para ultrapassar dificuldades e organizar a luta pela transformação revolucionária da sociedade está na sua ligação organizada aos trabalhadores, ao povo e às massas. Vamos a isto então!!!




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