Na Guiné-Bissau, o líder do PAIGC e da coligação Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI) – Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, foi eleito por larga maioria presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP).

Dos 92 deputados que tomaram posse no dia 27 de Julho, 89 votaram a favor e três contra. Nas eleições legislativas de 4 de Junho, a coligação liderada pelo PAIGC conquistou a maioria absoluta, com 54 dos 102 deputados da ANP.

Sinal de entendimento entre forças políticas, para primeiro vice-presidente da ANP foi eleito Fernando Dias, líder do Partido de Renovação Social (PRS), e para segunda vice-presidente foi escolhida Adja Satu Camará, do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15).

Na sessão de abertura do novo parlamento, os dirigentes das formações políticas com representação parlamentar instaram a ANP a «ser produtiva», a «cortar com o passado», a «abrir uma nova era democrática» e a «servir os interesses do povo guineense».

Domingos Simões Pereira exortou o novo parlamento a «acabar com a conflitualidade» entre os órgãos da soberania e a «atender as demandas do povo». Anteriormente, garantiu que trabalha no sentido de pacificar a Guiné-Bissau e prometeu que a ANP produzirá as leis de que o país necessita.

Enquanto se aguarda a formação do novo governo, a coligação PAI – Terra Ranka e o PRS (que elegeu 12 deputados) assinaram em Bissau, na véspera da instalação da nova ANP, um acordo de incidência parlamentar e governativa. As duas forças políticas, que vão constituir um «governo de inclusão», decidiram «juntar forças para levar a cabo reformas estruturais inadiáveis de modo a tirar em definitivo» a Guiné-Bissau da «situação de subdesenvolvimento crónico em que se encontra».