CDU tem acção e propostas para se viver melhor na Madeira

Em iniciativas diárias, a CDU afirma um vasto conjunto de propostas para assegurar que, como afirma no seu lema de candidatura às eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira, é possível «viver melhor na nossa terra».

Na Madeira há muitas situações de «terceiro mundo»

Não há zona das ilhas da Madeira e de Porto Santo onde os candidatos e activistas da CDU não planeiem passar (ou tenham já passado) nas próximas semanas, à semelhança aliás do que fazem todos os dias, haja ou não eleições à porta. Como não há assunto com impacto social que não abordem nas visitas, contactos, sessões e intervenções que realizem.

O primeiro candidato da coligação, Edgar Silva, tem insistido na urgência de promover o desenvolvimento regional, contrastando as propostas da CDU com a realidade concreta de cada um dos locais, sobretudo os periféricos ou ultraperiféricos. Nas zonas altas de Câmara de Lobos, por onde passou há dias, denunciou o problema ambiental e de saúde pública que decorre do lançamento de esgotos pelas levadas, a céu aberto. As populações, garante, «estão já cansadas de tantas falsas promessas», no caso a conclusão do saneamento básico.

Antes, o candidato tinha passado por Santa Quitéria, no concelho do Funchal, outro local onde os esgotos correm a céu aberto, uma situação de «terceiro mundo», denunciou. A proximidade com o centro da cidade levou o candidato a descrevê-la como reveladora de «escandalosas injustiças e de gritantes desigualdades sociais e territoriais nesta terra».

Já no dia 8, Edgar Silva tinha participado numa iniciativa de colocação de marcos de sinalização das ultraperiferias, em lugares desprezados pelos governantes: «em lugares com tanta gente, os governantes nem uma solução para estacionamento público são capazes de garantir. Nem outros investimentos, nem muito menos o mais básico».

 

Profundas desigualdades

No Mercado do Santo da Serra, Ricardo Lume (actual deputado na Assembleia Regional e novamente candidato) afirmou que «não podemos continuar na Região com preços para ricos e salários de miséria». Defendendo o controlo e redução de preços dos bens e serviços essenciais, propôs uma política que «valorize o trabalho e os trabalhadores».

Numa visita às instalações do CARAM – Centro de Abate da Região Autónoma da Madeira, a CDU valorizou a luta daqueles trabalhadores, que obrigou a administração a assumir algumas das suas justas reivindicações, que deverão constar no acordo de empresa. Para Ricardo Lume, «foi determinante a unidade dos trabalhadores e as formas de luta adoptadas para garantir a visibilidade das injustiças laborais existentes».

No sábado, 15, a CDU promoveu uma sessão pública com a candidata Herlanda Amado, sobre o projecto Formosa Residences, previsto para a Praia Formosa, no Funchal. Trata-se de um terreno de 36 mil m2 para onde foram anunciados projectos para a construção de dois edifícios com 213 apartamentos T2, T3 e T4. Os promotores os Pestana CR7 Hotels, o Pestana Hotel Group e o Grupo Empresarial do Cristiano Ronaldo. Apesar de nada ter sido ainda aprovado, estão já em curso campanhas imobiliárias de promoção e venda de imóveis no referido empreendimento.

Para a coligação, há que garantir que a autarquia não é conivente com estes negócios ilegais e que não deu garantias de aprovação de projectos que são, ainda, inexistentes.

 



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