CDU na Madeira apresenta candidatos para romper com política de direita
A CDU apresentou os seus seis primeiros candidatos às eleições Regionais da Madeira. A lista é encabeçada por Edgar Silva, seguindo-se Ricardo Lume, Maria José Afonseca, Herlanda Amado, Duarte Martins e Marco Fernandes.
Agravamento dos problemas económicos e sociais
Os seis primeiros nomes da lista da CDU foram apresentados no Dia da Região, durante um almoço que juntou no Funchal mais de 200 pessoas e encerrou a «Semana Social/2023», intitulada o «Grito dos excluídos e anseios dos marginalizados». Nesta acção foi ainda apresentado o «Caderno Reivindicativo» da CDU, com dez medidas de implementação imediata para combater as injustiças e construir a alternativa política na Região Autónoma da Madeira.
Ali, Edgar Silva sublinhou que «a propaganda em torno dos “bons resultados da economia” não tem correspondência com a melhoria que se impõe nas condições de vida do povo nesta Região». «Pelo contrário, se há uma marca da realidade concreta da vida na Região é o agravamento dos problemas económicos e sociais», salientou o também Coordenador Regional do Partido, observando que o «aumento do custo de vida corrói o poder de compra da generalidade da população, de onde resultam graves retrocessos sociais», como foi identificado ao longo de toda a «Semana Social/2023».
Ainda segundo Edgar Silva, «tanto o Governo do PS, na República, como o Governo do PSD/CDS, na Região, são os responsáveis por toda uma política que agrava a exploração, acentua as desigualdades e injustiças». «Ambos os governos, quer lá, quer cá, optam pelo recurso a medidas pontuais e assistencialistas, em vez de medidas estruturais», como o «aumentos dos salários, pensões e outras pensões sociais».
Na segunda e terça-feira, Alma Rivera, deputada do PCP na Assembleia da República, juntou-se às jornadas de trabalho parlamentar promovidas pela CDU, onde foram abordadas, entre outros temas, questões relativas à promoção de políticas activas de segurança pública.
24 de Setembro
Anteontem, 4, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou as eleições para a Assembleia Legislativa da Região da Madeira para 24 de Setembro. A data foi defendida por PSD, PS, CDS e Juntos Pelo Povo, quando o Chefe de Estado ouviu os partidos com assento no Parlamento Regional da Madeira, em 21 de Junho, enquanto o PCP defendeu que as eleições deveriam ser em Outubro, de modo a criar um maior distanciamento entre o período de férias e o início do ano lectivo.
No passado dia 29, a maioria PSD/CDS no Parlamento madeirense chumbou uma proposta do PCP de alteração pontual da Lei Eleitoral, que visava eliminar as restrições ao voto antecipado e em mobilidade para a Assembleia Legislativa, introduzindo o modelo em vigor nas eleições europeias, presidenciais e legislativas nacionais. Não é compreensível, nem aceitável que o modelo da Madeira seja restritivo», disse na altura Ricardo Lume, deputado do PCP, confirmando que muitos madeirenses ficam impedidos de votar para o Parlamento Regional, contribuindo para aumentar a taxa de abstenção.