Trabalhadores da refinaria de Matosinhos sem respostas

Por iniciativa do Grupo Parlamentar do PCP, representantes dos trabalhadores da antiga refinaria da GALP em Matosinhos foram ouvidos, há dias, na Comissão de Ambiente e Energia da Assembleia da República. E o que lá disseram foi sério: a situação desses trabalhadores continua «muito precária», sem soluções a longo prazo e com o subsídio de desemprego prestes a chegar ao fim.

O retrato foi traçado por Mário Matos, dirigente da Fiequimetal, que relatou haver ainda cerca de 55 trabalhadores inscritos nos centros de emprego, sendo que muitos mais já deixaram de receber o respectivo subsídio e saído dos registos. Estes trabalhadores, garantiu o sindicalista, não vislumbram quaisquer soluções para as suas vidas. Os que acabaram por encontrar uma saída, fizeram-no pelos seus próprios meios, tendo inclusivamente alguns emigrado, levando para outros países as competências adquiridas em anos de trabalho na GALP.

Também o presidente da Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal (CCT), Helder Guerreiro, se referiu à situação dos antigos trabalhadores daquela refinaria, rejeitando que a formação de maquinista, proposta a alguns deles, resolva o problema. A solução é a reintegração, garantiu, assegurando que a empresa tem «todas as condições para reintegrar estes trabalhadores».

Criticado foi o próprio encerramento da refinaria, com os representantes dos trabalhadores – que não foram envolvidos no processo – a porem em causa os princípios que alegadamente o justificaram. Mário Matos e Hélder Guerreiro garantiram que a prometida «transição justa», não foi cumprida para os trabalhadores, já que estes «ficaram para trás e não têm qualquer perspectiva de futuro».





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