Beira interior manifestou-se pelo fim das portagens na A23 e A25
Centenas de pessoas participaram, sábado, 20 de Maio, na iniciativa Embaixada da Beira Interior a Lisboa, promovida pela Plataforma P’la Reposição das SCUT, para reivindicar o fim das portagens naquelas vias. «O interior está presente. O Governo está ausente», «O Governo a incumprir. O interior a reagir» e «Portagens a pagar. Interior a desertificar» foram algumas das palavras entoadas entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República.
O protesto contou com a presença solidária de delegações do PCP e da CGTP-IN. A deputada comunista Alma Rivera relembrou o empenho de sempre do Partido na luta contra as portagens nas ex-SCUT e as parcerias público-privadas rodoviárias que sugam recursos à custa das populações e do financiamento público. Já Isabel Camarinha, Secretária-geral da Intersindical, descreveu as portagens como uma vergonha: «Os sucessivos governos vão apregoando que querem desenvolver o interior e a coesão territorial, mas depois não tomam as medidas que são necessárias».
Também Luís Garra, porta-voz do movimento, considerou, à Lusa, que «a manutenção das portagens nestas vias é um entrave ao desenvolvimento económico e social» da região e «está a contribuir para o grave problema demográfico, com definhamento, despovoamento e incapacidade para fixar a juventude».
Por seu lado, Manuel Soares, da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Médio Tejo, frisou que «não faz sentido transportes pesados terem de passar por dentro de uma cidade como o Entroncamento, Constância, Abrantes e até Tomar».