A Câmara de Grândola voltou a manifestar preocupação com a densidade de ocupação da faixa litoral do concelho, devido à instalação de empreendimentos turísticos, e esclarece que «a consideração desta matéria é inseparável da constatação de um longo processo marcado em diversos momentos por decisões», que esta autarquia, da CDU, «não acompanha, de cedência a interesses do imobiliário».

Como refere em nota de 17 de Maio, o actual executivo municipal tem vindo, dentro das suas competências, a «tentar corrigir, conciliando desenvolvimento turístico com protecção ambiental, corrigindo anteriores decisões, baixando densidades, libertando solo e melhorando o ordenamento do território».

Exemplo disso foi a suspensão parcial, em 2022, do Plano Director Municipal (PDM), travando desta forma o licenciamento de novos empreendimentos turísticos nas freguesias do Litoral do concelho, bem como afastando largas dezenas de intervenções meramente especulativas.

Sobre o projecto que se está a desenvolver nas Unidades Operativas de Planeamento 7, 8 e 9 de Troia, a Câmara esclarece que «este, como qualquer outro projecto da faixa costeira, foi antecedido de Planos de Pormenor (aprovados em 2012) e de procedimento de Avaliação de Impactes Ambientais (AIA), que culminou com a emissão de Declaração de conformidade ambiental favorável, emitida pela autoridade de AIA, composta por diversas entidades regionais e nacionais com responsabilidades nestas matérias».