Miguel Díaz-Canel foi reeleito presidente da República de Cuba
O parlamento cubano reelegeu Miguel Díaz-Canel como presidente da República e Salvador Valdés como vice-presidente, por um período de cinco anos. Foram também ratificados nos seus cargos o primeiro-ministro Manuel Marrerros e os seis vice-primeiros-ministros.
O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou que Cuba é um sentimento, é uma força capaz de enfrentar os piores cenários.
No encerramento da sessão constitutiva da X Legislatura da Assembleia Nacional do Poder Popular (parlamento), no dia 19, o chefe do Estado salientou que é difícil resumir a resistência criativa do povo cubano, que enfrenta condições muito difíceis.
Adiantou que, no imediato, a direcção do país deve focar-se na produção de alimentos, no aumento do turismo e na eficiência do processo de investimentos, tudo isso no sentido de aumentar a oferta e diminuir a inflação. Explicou que por causa do bloqueio norte-americano e das insuficiências internas é mais lento alcançar as metas económicas traçadas e que, para ultrapassar isso, o modo mais efectivo é lutar e fazer. Acrescentou que os resultados atingidos ao longo do primeiro mandato permitem um optimismo para enfrentar cada uma das situações adversas.
Destacou que na sessão constitutiva do parlamento esteve o povo de Cuba, com os seus representantes, tendo sido convidados a participar os socorristas da explosão do hotel Saratoga, em Havana, e do incêndio nos reservatórios de combustível, em Matanzas, os criadores de vacinas e medicamentos que salvaram o país durante a pandemia da Covid-19. Presentes também investigadores que trabalharam na criação de ventiladores pulmonares, próteses da anca e peças para as centrais eléctricas da nação caribenha. E ainda estudantes e professores que passaram as suas férias na reconstrução de casas e escolas arrasadas pela passagem do furacão Ian pelo ocidente da ilha, juristas que ajudaram a população a compreender melhor o Código das Famílias, assim como delegados de base.
Díaz-Canel agradeceu as felicitações e manifestações de carinho recebidas pela sua reeleição para um mandato de cinco anos. Garantiu que trabalhará para manter a unidade da nação, com a consciência dos enormes desafios que implica o cargo que lhe foi confiado pela Assembleia Nacional. E expressou respeito, admiração e imenso carinho pelo povo cubano, reafirmando que o servirá «com paixão, compromisso, sem descanso, até às últimas consequências».
A Assembleia Nacional do Poder Popular, formada por 462 deputados, reelegeu também Salvador Valdés para o cargo de vice-presidente da República.
Após a sua reeleição como presidente, Miguel Díaz-Canel propôs ao parlamento a ratificação de Manuel Marrero como primeiro-ministro, e a dos seis vice-primeiros-ministros do país, proposta que foi votada favoravelmente.
Foi realçado que a gestão do governo durante o anterior período decorreu num contexto complexo, marcado pela pandemia, o recrudescimento do bloqueio e o enfrentamento de difíceis situações no país. E foi reconhecido, além disso, o papel do primeiro-ministro no fortalecimento da economia e do trabalho das diferentes estruturas do poder popular, assim como na ligação directa com o povo.
Paulo Raimundo saúda reeleição de Miguel Díaz-Canel
O Secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, enviou a Miguel Díaz-Canel, por ocasião da sua reeleição como presidente da República de Cuba, uma mensagem em que, em seu nome pessoal e em nome dos comunistas portugueses, transmite-lhe calorosas felicitações, desejando os melhores sucessos no desempenho dessa mais alta responsabilidade do Estado cubano, na firme defesa dos direitos, interesses e aspirações do povo cubano.
Nesta ocasião, escreve Paulo Raimundo, «gostaria de reafirmar a nossa solidariedade para com a Revolução Cubana e o seu heróico povo que, defendendo a sua soberania e independência, tem resistido às mais duras condições que lhe são infligidas pela criminosa acção de ingerência, desestabilização e bloqueio impostos pelos EUA».
«Estamos confiantes que, sob a direcção do Partido Comunista de Cuba (PCC), o povo cubano continuará a defender a sua Revolução Socialista e derrotará a continuada e multifacetada agressão do imperialismo», escreve o secretário-geral do PCP.
Reiterando a vontade de estreitar sempre mais os laços de amizade entre o PCP e o PCC, «no interesse dos nossos dois povos e países e da causa da paz e da emancipação social em todo o mundo», Paulo Raimundo envia a Miguel Díaz-Canel as fraternais e solidárias saudações dos comunistas portugueses.