O Festival, que vai na 4.ª edição e já é amplamente reconhecido por promover um discurso de intervenção, recebe na primeira noite o projecto nacional Prétu, antes Chullage, um rapper do concelho do Seixal conhecido pelo seu lirismo e intervenção política e que agora junta neste trabalha samples de referências africanas, com as influências electrónicas, em que se expressa sobre o «colonialismo, o pan-africanismo e um novo contexto político para África e a sua diáspora.» Segue-se Moullinex, o DJ e multi-instrumentista Luís Clara Gomes, que tem a capacidade de colocar multidões a dançar e que seguramente vai transformar o recinto numa verdadeira pista de dança. A primeira data do Festival é fechada com Peaches, a artista de electroclash canadiana, a viver em Berlim, e que apresenta sempre em palco espectáculos energéticos, em que cruza texturas da música electrónica com pop, rap e uma atitude profundamente punk.

À semelhança da edição anterior, serão produzidos videopoemas que pontuarão os intervalos entre as atuações do palco principal, em que artistas de diferentes áreas são convidados a interpretar poemas.

Sábado

No sábado, dia 27 de Maio, o Festival abre com Sam the Kid, sinónimo do melhor hip-hop em português, que está de volta aos concertos em nome próprio, acompanhado pela banda de sempre, os Orelha Negra, e também com uma orquestra composta por 24 elementos dirigida pelo maestro Pedro Moreira. A fechar, Gabriel, o Pensador, um dos músicos brasileiros mais conhecidos do público português, que apresenta o concerto que celebra os 25 anos de carreira. Mais do que rapper, é compositor, músico e, acima de tudo, um comunicador e é isso mesmo que nos vem mostrar na actuação que encerra mais esta edição do Festival do Maio.

O recinto abre às 19 horas e os espectáculos têm início no dia 26, às 21h00, e no dia 27, às 21h30.