A Arábia Saudita constituiu-se em «parceira de diálogo» da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), anunciou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning. «Estamos dispostos a reforçar a cooperação com a Arábia Saudita no seio da OCX, tendo em vista contribuir ainda mais para manter a segurança e estabilidade regionais e promover o desenvolvimento comum», afirmou a diplomata aos jornalistas, em Pequim.

A Arábia Saudita promulgou em 31 de Março um memorando sobre a concessão ao seu país do estatuto de «parceiro de diálogo» da OCX, assinado em Setembro do ano passado na cimeira da organização, em Samarcanda. Além da confirmação do memorando, foi aprovado o intercâmbio entre Riad e Pequim na área da formação. Na mesma ocasião, os sauditas agradeceram à China a mediação das conversações com o Irão, que culminaram com o restabelecimento das «boas relações de vizinhança» e a normalização dos laços entre Riad e Teerão.

Criada em 2001, a OCX integra oito Estados membros: Cazaquistão, China, Índia, Quirguistão, Paquistão, Rússia, Tadjiquistão e Uzbequistão. Quatro países (Afeganistão, Bielorrússia, Irão e Mongólia) participam na qualidade de observadores, e mais seis (Arménia, Azerbaijão, Camboja, Nepal, Sri Lanka e Turquia), aos quais se junta agora a Arábia Saudita, têm estatuto de «parceiros de diálogo».

Durante a cimeira da OCX em 2022, na cidade uzbeque de Samarcanda, foram assinados memorandos de concessão do estatuto de «parceiro de diálogo» também com Bahrain, Birmânia, Egipto, Emiratos Árabes Unidos, Kuwait, Maldivas e Qatar.

A organização, com sede em Xangai, debruça-se sobre questões de segurança, económicas, comerciais e culturais.

Além da aproximação à OCX, a Arábia Saudita está interessada em integrar o grupo dos BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Os BRICS têm marcada para Agosto uma cimeira em Durban, na África do Sul, na qual continuarão a analisar a admissão de novos membros, de diversos continentes.

Dilma Roussef à frente
do banco dos BRICS

Dilma Roussef foi eleita presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), criado pelos BRICS.

O NBD, com sede em Xangai, foi fundado em 2015 com o objectivo de se converter numa entidade global e mobilizar recursos para obras de infra-estrutura e de impulso ao desenvolvimento sustentável. Desde a sua criação, aprovou cerca de 80 projectos no valor de 30 mil milhões de dólares.