Mais crimes israelitas na Palestina ocupada

Re­petem-se os ata­ques is­ra­e­litas contra os pa­les­ti­ni­anos, tanto em Je­ru­salém Ori­ental, onde con­ti­nuam as pro­vo­ca­ções contra lu­gares sa­grados dos mu­çul­manos, como nou­tras zonas da Pa­les­tina ocu­pada.

A po­lícia is­ra­e­lita im­pediu na terça-feira, 11, mais uma vez, a en­trada de pa­les­ti­ni­anos me­nores de 55 anos na Es­pla­nada das Mes­quitas, em Je­ru­salém Ori­ental. Du­rante as fes­ti­vi­dades da Páscoa in­gres­saram de forma pro­vo­ca­tória na Es­pla­nada das Mes­quitas cen­tenas de co­lonos is­ra­e­litas, no meio de cres­centes ten­sões pro­vo­cadas pela ac­tu­ação das forças de se­gu­rança na zona onde se situa a mes­quita de Al Aqsa.

Desde o início da Páscoa judia, na se­mana pas­sada, as forças is­ra­e­litas ex­pulsam todos os dias da Es­pla­nada das Mes­quitas os fiéis pa­les­ti­ni­anos, para per­mitir a en­trada de co­lonos e ex­tre­mistas is­ra­e­litas. Nessas ope­ra­ções de re­pressão, as forças po­li­ciais is­ra­e­litas re­correm a bas­tões e dis­param balas de bor­racha e gra­nadas de gás la­cri­mo­géneo para obrigar os fiéis mu­çul­manos a aban­donar o re­cinto.

As pro­vo­ca­ções e brutal re­pressão is­ra­e­litas de­sen­ca­de­aram uma es­ca­lada que levou ao bom­bar­de­a­mento da Faixa de Gaza e do Sul do Lí­bano por parte de Is­rael.

Neste con­texto de grande tensão, o porta-voz pre­si­den­cial pa­les­ti­niano, Nabil Abu Ru­deina, ad­vertiu as au­to­ri­dades is­ra­e­litas sobre uma es­ca­lada de vi­o­lência no Médio Ori­ente em re­sul­tado dos con­tí­nuos as­saltos à mes­quita de Al Aqsa. Os ata­ques diá­rios contra lu­gares sa­grados e fiéis du­rante o Ra­madão, mês sa­grado para os mu­çul­manos, são ac­ções ina­cei­tá­veis que in­cen­di­arão a re­gião e a ar­ras­tarão para o abismo, avisou.

A zona é um lugar sa­grado tanto para mu­çul­manos, que a ape­lidam de Nobre San­tuário, como para ju­deus, que a co­nhecem por Monte do Templo. Is­rael ocupa ile­gal­mente a zona ori­ental de Je­ru­salém desde 1967, man­tendo-a sob con­trolo em des­res­peito das re­so­lu­ções do Con­selho de Se­gu­rança das Na­ções Unidas.

O Mi­nis­tério dos As­suntos Ex­te­ri­ores e Ex­pa­tri­ados pa­les­ti­niano alertou, en­tre­tanto, que o pri­meiro-mi­nistro Ben­jamin Ne­tanyahu e o seu go­verno de ex­trema-di­reita, acos­sados por grandes ma­ni­fes­ta­ções po­pu­lares em Is­rael, po­derão re­correr, como tábua de sal­vação po­lí­tica, a uma nova agressão mi­litar contra a Faixa de Gaza. As au­to­ri­dades pa­les­ti­ni­anas apelam à adopção de me­didas no plano in­ter­na­ci­onal que evitem uma nova vaga de crimes is­ra­e­litas.

 

PCP con­dena

Numa nota emi­tida ontem, 12, o PCP ex­pressa a «mais firme de­núncia e con­de­nação», pela vaga de brutal re­pressão contra o povo pa­les­ti­niano, que é acom­pa­nhada pela es­ca­lada de bom­bar­de­a­mentos por parte de Is­rael contra a Síria, o Lí­bano e a si­tiada Faixa de Gaza. A re­pressão contra cen­tenas de pa­les­ti­ni­anos em Je­ru­salém, acres­centa, cons­titui «um acto pro­vo­ca­tório que deve me­recer re­púdio pelo Go­verno por­tu­guês».

Para o Par­tido, a re­pressão no Com­plexo da Mes­quita de Al-Aqsa, e as pro­vo­ca­ções de ex­tre­mistas si­o­nistas que as acom­pa­nharam, «in­serem-se num quadro de es­ca­lada da vi­o­lência por parte do novo go­verno is­ra­e­lita, que en­tregou o con­trolo das forças re­pres­sivas de ocu­pação na Margem Oci­dental aos seus mem­bros mais ex­tre­mistas e fas­ci­zantes». Desde o início do ano foram já mortos mais de 100 pa­les­ti­ni­anos.

Mas esta es­ca­lada de vi­o­lência re­pre­senta também uma «clara ten­ta­tiva de des­viar as aten­ções da enorme con­tes­tação de que é alvo o go­verno de Is­rael», com cen­tenas de mi­lhares de is­ra­e­litas a ma­ni­fes­tarem-se nas ruas desde há 14 se­manas. Já a con­ti­nu­ação e in­cre­mento da po­lí­tica de vi­o­lência do go­verno de Ne­tanyahu «terá graves con­sequên­cias, in­cluindo o pe­rigo de um con­flito ge­ne­ra­li­zado em todo o Médio Ori­ente», acres­centa o PCP.

O PCP con­si­dera ur­gente pôr fim aos sis­te­má­ticos actos de guerra de Is­rael contra a Faixa de Gaza e os países da re­gião, à po­lí­tica de ocu­pação e re­pressão de Is­rael contra o povo pa­les­ti­niano e à po­lí­tica de co­ni­vência e to­le­rância do go­verno por­tu­guês e da UUE para com a cri­mi­nosa po­lí­tica si­o­nista do go­verno is­ra­e­lita.

 



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