Alemães manifestam-se contra a guerra, pela paz

Numa manifestação pela paz, em Berlim, na véspera da Páscoa dos católicos, milhares de alemães protestaram contra o fornecimento de armas à Ucrânia e exigiram negociações para o fim da guerra.

«EUA e NATO fora da Ucrânia», gritaram manifestantes em Berlim

Cerca de três mil pessoas participaram numa marcha pela paz, em Berlim, no sábado, 8, defendendo uma solução diplomática para o conflito armado na Ucrânia. A organização pertenceu à Rede de Cooperação para a Paz, que coordena na Alemanha acções contra a guerra.

A manifestação começou na zona de Wedding, bairro central berlinense, com os participantes empunhando bandeiras com a pomba da paz e cartazes com consignas tais como «Não à guerra», «Os tanques não trarão a paz» ou «EUA e NATO fora da Ucrânia», numa alusão à crescente intervenção do bloco militar liderado por Washington no conflito.

«Diplomacia, não armas» e «Contra as sanções sem sentido, energia barata agora» foram outras palavras de ordem dos manifestantes, denunciando os efeitos inflacionistas na Alemanha das medidas «punitivas» impostas pelo «Ocidente» à Rússia e que incluíram o boicote à compra de petróleo e gás russos.

Os manifestantes instaram as autoridades alemãs a facilitar conversações que acabem com a guerra, assim como a trabalhar pela criação de uma arquitectura de segurança na Europa «desde Lisboa até Vladivostok».


Greve nos transportes por aumentos salariais

Os principais sindicatos alemães dos transportes, Ver.di e EVG, organizaram no dia 27 de Março uma greve nacional de 24 horas, exortando os milhares de trabalhadores do sector a impulsionar as suas exigências, enquanto decorrem negociações sobre aumentos salariais. O serviço de comboios, autocarros e aviões paralisou. Aderiram à greve mais de 30 mil trabalhadores de cerca de 350 locais em toda a Alemanha.

Os trabalhadores e seus sindicatos defendem aumentos de salário superiores a 10 por cento, para recuperar o poder de compra perdido nos últimos anos.




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