Venezuela denuncia continuação da política criminosa de Washington

A Venezuela rechaçou de maneira veemente a extensão da ordem executiva de 8 de Março de 2015, do presidente dos EUA, que estende a criminosa política de agressão contra o povo venezuelano. Esta legislação, assumida pela primeira vez pela administração Obama, alega que a Venezuela representa uma «ameaça» para os EUA, a qual é apresentada como justificação para manter as medidas coercivas unilaterais impostas por Washington que afectam o bem-estar do povo da Venezuela.

Caracas repudia a acusação, lembrando que foi precisamente a República Bolivariana da Venezuela a enfrentar, por parte de Washington, uma multiplicidade de ameaças, chantagens, agressões e ataques que violam os direitos humanos de todo o povo.

Para o governo bolivariano, esta medida é expressão do carácter «autoritário, cruel e criminoso» do imperialismo norte-americano, que pretende através de todo o tipo de pressões «submeter pela força o povo livre da Venezuela». Não o conseguirá, garante, pois a soberania da Venezuela é inquebrantável e que nenhuma agressão, por maior que seja, poderá subjugar a vontade democrática do seu povo.

O PCP condena esta decisão e reafirma a sua solidariedade com a Venezuela bolivariana. Num tomada de posição assumida na terça-feira, 7, o Partido realça que é precisamente a Venezuela que «há mais de duas décadas é alvo da criminosa acção de ingerência e agressão dos EUA»: comprovam-no a orquestração de golpes de Estado, a criação de «instituições» fantoche, as provocações com bandos armados, a permanente campanha de desinformação ou a imposição de um cruel bloqueio económico e do saque de activos da Venezuela.

Considerando a política de ingerência e agressão contra a Venezuela uma «clara afronta à soberania e aos direitos do povo venezuelano», o Partido lembra os princípios constitucionais para exigir do Governo português uma «clara posição de repúdio».

 

Hugo Chávez vive no coração dos povos

A convicção de que o legado do comandante Hugo Chávez (1954-2013) está vivo na Venezuela, na América Latina e no mundo ficou patente em Caracas, no passado fim de semana, durante os actos que assinalaram os 10 anos do seu desaparecimento físico, no dia 5 de Março de 2013. Mais de uma centena de intelectuais, líderes políticos e activistas de cerca de 60 países de diferentes continentes, e de presidentes e ex-presidentes, participaram no Encontro Mundial sobre a Actualidade do Pensamento Bolivariano de Chávez no Século XXI, com o lema «Chávez no coração do povo».

De Havana viajou uma delegação dirigida pelo líder revolucionário Raul Castro. Marcaram também presença o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, actual presidente da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC); o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega; o primeiro-ministro de Dominica, Roosevelt Skerrit; o presidente da Bolívia, Luis Arce; o ex-presidente boliviano, Evo Morales; o ex-presidente das Honduras, Manuel Zelaya; o ex-presidente do Equador, Rafael Correa; e a deputada do PCP no Parlamento Europeu, Sandra Pereira.




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