Professores em greve hoje e amanhã manifestam-se no sábado

A grave situação dos professores e da Educação, a posição do Governo nas negociações e a imposição de serviços mínimos ilegais tiveram pronta resposta da Fenprof e demais organizações em convergência.

Os serviços mínimos ilegais não travam a luta dos docentes

Os nove sindicatos, reunidos na segunda-feira, 27 de Fevereiro, anunciaram nessa noite que se mantêm as greves de âmbito multidistrital, hoje, dia 2 (Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Porto, Aveiro, Viseu, Guarda e Coimbra) e amanhã, 3 (Leiria, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Lisboa, Setúbal, Beja, Évora e Faro).

Os serviços mínimos, considerados ilegais, serão contestados em tribunal.

Foram transferidas para sábado, dia 4, às 15h30, as manifestações em Lisboa (do Rossio para a AR) e no Porto (da Praça do Marquês para os Aliados), com a mobilização a seguir o âmbito das greves.

ASPL, Fenprof, FNE, Pró-Ordem, Sepleu, Sinape, Sindep, SIPE e Spliu tomaram estas decisões porque, na última reunião negocial com o Ministério da Educação, a 23 de Fevereiro, mantiveram-se «alguns dos aspectos mais contestados do diploma de concursos», cuja negociação suplementar será requerida hoje.

Por outro lado, como explicaram na nota conjunta, divulgada segunda-feira à noite, «o ME não aceitou calendarizar negociações sobre a recuperação do tempo de serviço, a eliminação das vagas e das quotas, a aprovação de um regime específico de aposentação, a regularização dos horários de trabalho ou a revisão urgente do regime de mobilidade por doença, entre outros assuntos».

 

Estranhos mínimos

A situação, «já de si negativa», foi agravada com a «estranha decisão do colégio arbitral» que, «apenas por maioria», decidiu que as greves de 2 e 3 de Março iriam ter serviços mínimos, o que representa mais uma «tentativa de parar a luta dos professores».

As estruturas sindicais explicaram que a decisão é «estranha» porque «o ME havia desistido do pedido de serviços mínimos» e, segundo o acórdão, a deliberação «não decorre destas greves, mas de outras às quais estas nove organizações são alheias».

«Caso não sejam suspensos os serviços mínimos», ficou feito o apelo a que os professores e os educadores se limitem ao «estrito cumprimento desses serviços, não aceitando desenvolver qualquer outro».

Para o dia em que se realizar a reunião de negociação suplementar do diploma sobre concursos, os sindicatos vão convocar uma concentração junto do Ministério.

Na próxima terça-feira, dia 7, serão divulgadas «as formas de luta seguintes, decididas a partir da consulta que está a ser realizada junto dos professores e educadores em todo o País, no âmbito dos Dias 4D».

 



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