Pela paz! Pôr fim à escalada de confrontação e guerra!

«Pela paz! Pôr fim à es­ca­lada de con­fron­tação e guerra» é o tí­tulo da nota emi­tida pelo PCP, através do seu Ga­bi­nete de Im­prensa, que trans­cre­vemos na ín­tegra, na qual se re­clama o fim da es­ca­lada de con­fron­tação e guerra e a ur­gente so­lução po­lí­tica do con­flito.

O PCP rei­tera o seu firme com­pro­misso com a luta pela paz e a ver­dade

É mo­tivo de grande pre­o­cu­pação para todos quantos as­piram a um mundo de paz o agra­va­mento da guerra na Ucrânia, uma guerra que dura há nove anos e a que urge pôr fim.

A es­ca­lada ar­ma­men­tista e o con­se­quente pro­lon­ga­mento e in­ten­si­fi­cação da guerra com­portam acres­cidas e graves con­sequên­cias e pe­rigos para os povos ucra­niano e russo, para os povos da Eu­ropa e de todo o Mundo.

É cada vez mais evi­dente que são os tra­ba­lha­dores e os povos que estão a pagar os custos da ins­ti­gação da guerra, da de­riva mi­li­ta­rista, da es­piral de san­ções pro­mo­vidas pelos EUA, a NATO e a UE, vi­sí­veis no au­mento dos preços dos bens de pri­meira ne­ces­si­dade, no ataque aos di­reitos e às con­di­ções de vida, no agra­va­mento da po­breza e das de­si­gual­dades, na de­te­ri­o­ração da si­tu­ação eco­nó­mica e so­cial.

É cada vez mais os­ten­sivo que quem ganha com a guerra e quer o seu pro­lon­ga­mento são as grandes em­presas de ar­ma­mento, da energia, da ali­men­tação, da dis­tri­buição ou a banca, que acu­mulam mi­lhares de mi­lhões de lu­cros.

A re­a­li­dade está a de­mons­trar que, sendo apre­sen­tada como uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia, esta é, de facto, uma guerra dos EUA e da NATO com a Rússia, no quadro da es­tra­tégia de do­mínio he­ge­mó­nico do im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano, em que a Ucrânia e o poder ali ins­ta­lado são usados como ins­tru­mento dessa pe­ri­gosa acção be­li­cista, à custa do sa­cri­fício do povo ucra­niano.

O im­pe­ri­a­lismo está cada vez mais em­pe­nhado na cri­ação de graves focos de tensão e de guerra com o ob­jec­tivo de jus­ti­ficar a sua po­lí­tica de ex­plo­ração e opressão, o que é pa­tente no in­cre­mento da in­ge­rência, da agressão, da im­po­sição de san­ções e blo­queios a países que não se sub­metem aos seus di­tames, em que se en­qua­dram a es­ca­lada contra a Rússia e a cres­cente con­fron­tação contra a China.

Neste con­texto, as­sume par­ti­cular gra­vi­dade o po­si­ci­o­na­mento de sub­missão e ali­nha­mento do Go­verno por­tu­guês com a po­lí­tica de es­ca­lada ar­ma­men­tista e de agra­va­mento do con­flito no Leste da Eu­ropa, con­trário aos in­te­resses do povo por­tu­guês e à Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa, que pugna pela re­so­lução pa­cí­fica dos con­flitos in­ter­na­ci­o­nais.

O PCP re­a­firma que é pre­mente que os EUA, a NATO e a UE cessem de ins­tigar e ali­mentar a guerra na Ucrânia e que se abram vias de ne­go­ci­ação com os de­mais in­ter­ve­ni­entes, no­me­a­da­mente a Fe­de­ração Russa, vi­sando al­cançar uma so­lução po­lí­tica para o con­flito, a res­posta aos pro­blemas de se­gu­rança co­lec­tiva e do de­sar­ma­mento na Eu­ropa, o cum­pri­mento dos prin­cí­pios da Carta da ONU e da Acta Final da Con­fe­rência de Hel­sín­quia.

O PCP re­pudia as pres­sões e chan­ta­gens sobre os países que mantêm uma po­sição pró­pria sobre o con­flito, não ali­nhando com a es­ca­lada be­li­cista dos EUA, da NATO e da UE, e alerta para que a ten­ta­tiva de ins­tru­men­ta­lizar a ONU em função da es­tra­tégia de con­fron­tação mina os seus fun­da­mentos e a sua pró­pria exis­tência.

De­nun­ci­ando as ma­no­bras do im­pe­ri­a­lismo que visam obs­ta­cu­lizar o ne­ces­sário diá­logo com vista à pro­moção da paz, da co­o­pe­ração, da se­gu­rança e do de­sar­ma­mento, o PCP va­lo­riza os apelos, as ini­ci­a­tivas e as pro­postas de me­di­ação com vista a uma ur­gente so­lução po­lí­tica do con­flito.

Na ac­tual si­tu­ação, em que por todo o mundo se ex­pressa ine­qui­vo­ca­mente a as­pi­ração à paz, as­sume a maior im­por­tância a re­sis­tência e luta de países e povos em de­fesa da sua so­be­rania e di­reitos, in­cluindo o di­reito ao de­sen­vol­vi­mento, pela cons­trução de uma nova ordem in­ter­na­ci­onal de paz e pro­gresso so­cial.

Ex­pres­sando a sua so­li­da­ri­e­dade para as ví­timas de uma guerra que dura há nove anos e con­si­de­rando de grande im­por­tância as ac­ções em prol da paz que têm sido re­a­li­zadas em Por­tugal, o PCP rei­tera o seu firme com­pro­misso com a luta pela paz, pela ver­dade, contra o mi­li­ta­rismo, o fas­cismo e a guerra, por uma po­lí­tica ex­terna de Por­tugal de so­be­rania na­ci­onal, ami­zade, paz e co­o­pe­ração com todos os povos do mundo.




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