Brutal repressão israelita prossegue contra populações da Palestina ocupada
O exército israelita matou mais cinco palestinianos no dia 6, numa incursão no campo de refugiados de Aqabat Jaber, situado a sul da cidade cisjordana de Jericó.
«Este crime soma-se à longa lista de crimes perpetrados pela ocupação contra o nosso povo», afirmou o governador de Jericó, Jihad Abu Al-Assal, que apelou à intervenção no plano internacional com vista à protecção dos palestinianos. Revelou que tropas israelitas assaltaram o campo de madrugada, provocando confrontos violentos.
Diversas organizações palestinianas condenaram o crime e sublinharam que «o novo massacre alimentará a resistência do povo palestiniano contra a ocupação».
Desde há 15 dias que as forças ocupantes cercam a cidade de Jericó e o vizinho campo de refugiados palestinianos. A tensão na Cisjordânia aumentou nas últimas semanas, com diversos ataques dos militares israelitas.
Política «bárbara»
de prisões massivas
O presidente da Comissão para Assuntos de Presos e ex-Prisioneiros Palestinianos, Qadri Abu Bakr, denunciou em Ramala a «bárbara» política de detenções massivas praticadas pelas forças israelitas.
Governos, organismos internacionais, parlamentos, sindicatos e outras instituições de todo o mundo devem pressionar Telavive a pôr fim a essas práticas, considerou o responsável palestiniano. Abu Bakr criticou os repetidos ataques do exército e da polícia ocupantes contra cidades, aldeias e campos de refugiados.
Existem cerca de 4700 presos palestinianos nas cadeias israelitas, muitos deles no quadro da política de «detenção administrativa», em que presos e seus advogados não têm sequer acesso às acusações e alegadas provas.