Um potente terramoto, de 7,8 graus de magnitude na escala de Richter, seguido de fortes réplicas, atingiu o sul da Turquia e o norte da Síria, na madrugada de segunda-feira, 6. Causou milhares de mortos e feridos, além de desalojados, e provocou estragos materiais devastadores. O sismo foi também sentido em outros países da região, como o Líbano e Chipre.

Face à catástrofe, diversos países enviaram para a Turquia e a Síria equipas especializadas – para tentar encontrar sobreviventes nos escombros dos edifícios derrubados, por um lado, e para socorrer os sobreviventes, por outro –, além de alimentos, medicamentos e equipamentos de emergência. As operações de salvamento e a recepção da ajuda internacional estão a ser dificultadas pelas baixas temperaturas nas zonas afectadas, pelos cortes nas estradas, no abastecimento de água e electricidade, nas comunicações e em outras infra-estruturas críticas.

São várias as vozes que se levantam na reafirmção da exigência do imediato fim do autêntico bloqueio imposto à Síria pelos EUA e a UE, através da imposição de sanções.

Por exemplo, em Damasco, o chefe do Crescente Vermelho Árabe, Khaled Haboubati, fez um apelo ao levantamento das sanções à Síria, que dificultam o resgate das vítimas do terramoto. «Exortamos ao fim do bloqueio e das sanções contra a Síria para mitigar os efeitos do devastador terramoto. Precisamos de equipamentos pesados, de ambulâncias e viaturas de bombeiros para acelerar as operações de busca e resgate. Para isso é necessário levantar as sanções contra a Síria o mais depressa possível», insistiu.

Washington não respondeu a este apelo, mas enviou «ajuda substancial» à Turquia. Através do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, justificou a falta de auxílio a Damasco «explicando» que Ancara é um importante aliado dos EUA no quadro da NATO.

Solidariedade do PCP
com povos sírio e turco

O PCP manifestou solidariedade aos povos da Síria e da Turquia, atingidos por um violento terramoto que provocou dezenas de milhares de vítimas, entre mortos, feridos e desalojados, e elevadíssimos danos materiais.

Em cartas enviadas ao Partido Comunista Sírio, ao Partido Comunista Sírio (Unificado) e ao Partido Socialista Árabe Baath da Síria, o PCP escreve que, «ao tomar conhecimento das trágicas consequências do terramoto que atingiu a Síria, o Partido Comunista Português transmite-vos e, através de vós, a todo o povo sírio, as mais sentidas condolências e a profunda solidariedade dos comunistas portugueses».

«Fazemos votos de que a resposta às necessidades imediatas das populações atingidas possa ser assegurada, incluindo através da urgente mobilização da ajuda internacional, e de que as terríveis consequências desta catástrofe possam ser superadas o mais rapidamente possível», expressa.

E, saudando e valorizando desde já os esforços encetados no apoio às populações atingidas, «reafirma nesta ocasião a exigência do imediato levantamento das criminosas medidas coercivas unilaterais impostas pelos EUA e a UE contra a República Árabe Síria, visando atingir as condições de vida do povo sírio, assim como o fim da agressão e ilegal ocupação de território da Síria por parte dos EUA e Israel».

O PCP enviou também uma missiva ao Partido Comunista da Turquia, de teor semelhante, transmitindo a todo o povo turco «as mais sentidas condolências e a profunda solidariedade dos comunistas portugueses».

A carta saúda e valoriza os esforços encetados pelo Partido Comunista da Turquia no apoio às populações atingidas e faz votos de que «a resposta às necessidades imediatas das populações atingidas possa ser assegurada, incluindo através da urgente mobilização da ajuda internacional, e de que as terríveis consequências desta catástrofe possam ser superadas o mais rapidamente possível».