Inflação galopante e pandemia são bomba-relógio para MPME

Em 2022 agravou-se a situação económica de grande parte dos sectores de actividade das micro, pequenas e médias empresas (MPME), que, no próximo ano, enfrentarão sérias dificuldades. Exige-se do Governo medidas a fundo perdido.

OE para 2023 condena a economia à estagnação

Lusa

Esta situação é resultado da «total ou parcial paralisação da actividade económica decretada pelo Governo nos dois anos de pandemia» e da «ausência de medidas adequadas aos problemas e natureza das MPME», geralmente «centradas em linhas de crédito, que põem em causa a sua sobrevivência», considera a Confederação Portuguesas as Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), que reuniu a sua Assembleia Geral no passado dia 21.

A estas dificuldades soma-se o «enorme aumento dos factores de produção e os custos de contexto: electricidade, gás natural, combustíveis, rendas, matérias-primas, salários e taxas de juro». «Tudo conjugado com uma forte redução da procura/mercado interno, decorrente da quebra do poder de compra dos portugueses e do pouco investimento, nomeadamente público», refere a Confederação, advertindo: «Muitas são as empresas cujas reservas foram, entretanto, consumidas por dois ano de pandemia e outro de inflação galopante».

Estagnação e falência

Entretanto, «o próximo ano não se avizinha melhor», prevê a CPPME, com base no Orçamento do Estado (OE) para 2023, que, «contrariamente ao que o Governo propagandisticamente anunciou, procurando mais uma vez criar a ilusão da distribuição de benesses, não apresenta nada de substancial que ajude as MPME a enfrentar a crise, antes condenando a economia nacional à estagnação e à falência de empresas e empresários».

Para este OE, a Confederação apresentou propostas «sérias e justas», que visavam impulsionar a actividade das MPME e o «sustento» de mais de três milhões de trabalhadores, «mas o Governo insistiu em voltar a não incluir nenhuma delas no seu programa para o próximo ano». Porque estas empresas «precisam de ajudas a fundo perdido, nomeadamente o apoio à criação de um Fundo de Tesouraria», a CPPME exige que o Governo «mobilize os fundos previstos no plano de recuperação e resiliência (PRR) no próximo quadro comunitário e os reafecte à sustentação e relançamento da economia real».

 



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