Caravana Brasil da Esperança envolve milhares no apoio a Lula da Silva

A semana e meia da segunda volta das eleições presidenciais no Brasil, a candidatura de Lula da Silva continua a somar apoios e a privilegiar a campanha de rua, com desfiles em vários pontos do país.

No dia 14, a caravana «Brasil da Esperança» mobilizou muitos milhares numa grande manifestação no Recife. Com o candidato esteve a presidente do Partido Comunista do Brasil, Luciana Santos, também vice-governadora do Estado nordestino de Pernambuco. Nos dias anteriores, Lula da Silva participou em grandiosos desfiles nas cidades de Maceió, Aracaju, Salvador e Rio de Janeiro. A caravana continuará a percorrer o país até ao último dia de campanha.

Entretanto, no domingo, a senadora Simone Tebet participou numa acção de rua no Rio de Janeiro de apoio a Lula da Silva. Terceira candidata mais votada, com 4,16 por cento dos votos, Tebet declarou o seu apoio ao ex-presidente poucos dias após a primeira volta. Quando se incorporou na marcha, foi recebida com gritos de «Simone presente, Lula presidente».

Numa sondagem recente, 41 por cento dos que votaram Tebet na primeira volta declararam que o farão em Lula da Silva na segunda, contra os 29 por cento que darão o seu voto a Jair Bolsonaro. Os principais partidos que suportaram a candidatura da senadora, nomeadamente o MDB e o PSDB, não indicaram uma opção de voto para a segunda volta.

A semana de campanha ficou ainda marcada pelo debate televisivo do passado domingo, onde o combate à pobreza e a desastrosa gestão da epidemia de COVID-19 foram temas em destaque: «O senhor não carrega nas costas um pouco do sofrimento dos brasileiros por ser o responsável pelo menos por 400 mil mortes nesse país?», questionou o ex-presidente, acusando o actual chefe de Estado de insensibilidade.

Respondendo a Bolsonaro, que o acusou de ter estado num bairro do Rio de Janeiro sem «nenhum polícia ao seu lado, só traficante», Lula da Silva respondeu: «Sabe do que eu tenho orgulho? É que eu sou o único candidato a Presidente da República que tem coragem de entrar numa favela – e sem colete de segurança. (…) Eu acredito no povo e fui numa comunidade no Complexo do Alemão – povo extraordinário, trabalhador. Fizemos uma passeata extraordinária e exuberante, e ali não tinha bandido na passeata. Ali tinha mulheres e homens que trabalham, que levantam (às) cinco horas da manhã para trabalhar.»




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