Com esta campanha, a JCP vai intensificar o contacto com os estudantes e jovens trabalhadores, conhecer os seus problemas e aspirações, dar a conhecer o seu projecto, bem como procurar mobilizar e organizar todos na luta pela melhoria das condições de vida e pela resolução dos problemas concretos em cada escola, faculdade, empresa e local de trabalho.

A decisão foi reforçada na reunião da DN da JCP, de 1 e 2 de Outubro, em Lisboa, onde se analisou o actual quadro da situação nacional e internacional, fez o balanço da 46.ª Festa do Avante! e avançou com as tarefas imediatas da organização.

No Ensino Básico e Secundário a tarefa passa por «aprofundar o conhecimento sobre a realidade da escola pública e organizar todos e cada um na luta pela sua defesa». Aqui destaca-se a acção intitulada «A escola pública é tua, defende-a», onde se reclama a necessidade de se realizar obras nas escolas degradadas, a contratação de mais funcionários, psicólogos e professores, pela efectivação da Educação Sexual, pelo fim dos Exames Nacionais, a valorização da avaliação contínua e a luta contra a municipalização.

Relativamente ao Ensino Profissional, a DN valoriza a acção «E se tivesses tempo para viver? Fim da sobrecarga horária no Ensino Profissional», em torno da carga horária excessiva que afecta largamente a vida dos estudantes desta via de ensino, mas também da luta pelo fim do sistema de faltas injusto e punitivo, pelo pagamento dos subsídios em atraso, pelo direito ao tempo livre e a ser estudante.

A Resolução Política saída da reunião destaca ainda a necessidade de «afirmar a democracia nas escolas do Ensino Básico, Secundário e Profissional, com a realização de Reuniões Gerais de Alunos e a criação de associações de estudantes e desenvolvimento dos processos eleitorais pela mão dos próprios estudantes».

Momentos de agitação
Quanto ao Ensino Superior, destaque para as iniciativas em torno da campanha «Gratuitidade, Acção Social Escolar, alojamento», que – estimulando pela meta de recolher 500 contactos – permitiram o contacto com milhares de estudantes, como aconteceu nas tribunas públicas em Lisboa (29 de Setembro), no Porto (7 de Outubro) e em Braga (11 de Outubro). Para hoje estão agendadas iniciativas semelhantes em Aveiro e Coimbra.

«Impõe-se aos jovens comunistas dinamizar nas instituições do Ensino Superior momentos de agitação, desde o abaixo-assinado à concentração à porta da faculdade, alargando e reforçando forças para a luta em torno de um Ensino Superior público, gratuito, democrático e de qualidade», apela a JCP, que saudou a luta dos estudantes de Coimbra, que saíram à rua no dia 30 de Setembro para reivindicar o reforço da Acção Social Escolar, em defesa das cantinas públicas e da refeição social, do alojamento público estudantil ao acesso de todos, o fim das propinas e da elitização do acesso ao Ensino Superior.