Operações «falsa bandeira»
Desde A Arte da Guerra, manual fundacional de estratégia atribuído ao general chinês Sun Tzu, há 2500 anos, a espionagem é essencial à vitória. No tempo recente, à medida que se multiplicam as centenas de intervenções e guerras e milhares de operações de espionagem dos USA, potenciam-se ainda mais as operações «falsa bandeira», provocações usando símbolos do «inimigo», ou que lhe são atribuídas pela comunicação dominante, para confundir, dividir e criar um quadro psicológico, político e militar de apoio ao imperialismo.
Nunca como hoje na Ucrânia, as operações «falsa bandeira» tiveram tamanha dimensão. Repercutem na «guerra psicológica» do Comando mediático NATO naquele país, que trata do «esmagamento da verdade», contra-informação e intoxicação de massas nos aliados e no mundo, e que se junta ao comando, controlo e omnipresença da CIA e militares USA/NATO no Estado, forças militares, de segurança e espionagem, e que, na sabotagem do gasoduto no Báltico, surgem como apoio e instrumento do terrorismo de Estado USA, que há anos prepara esta guerra, apoiado em Clausewitz: é «absurdo incorporar na filosofia da guerra qualquer moderação, … até às derradeiras consequências.»
Houve os «massacres» de Mariupol, Bucha e Izium, na lógica de que «as atrocidades são apenas dos russos», o que é falso; houve o ataque com mais de cinquenta mortos à prisão de Olenivka, atribuído aos russos que a controlam(!), e durante violentos ataques de artilharia da Ucrânia/USA naquela direcção; há os bombardeamentos diários e muito perigosos à zona da central nuclear de Zaporijia, controlada pelas forças russas, que a estariam a atacar(!), numa lógica do absurdo, mas que levou a ONU a propor a sua rendição à Ucrânia; há a destruição do Nord Stream, que Biden, antes da guerra, tinha prometido interromper, e que, no imediato, favorece os USA, que acusam a Rússia do crime, escalando mais um degrau no ataque e ameaça imperialista e no perigo de guerra atómica.
Até aqui chegou o imperialismo USA e as suas operações «falsa bandeira», já tão sem crédito nem vergonha na acusação aos outros pelos crimes que cometem que depressa se auto-desmentem, como fez o ex-ministro da defesa polaco.
É cada vez mais urgente desmascarar o imperialismo e lutar pela paz.