Povo cubano ratifica Código das Famílias

O presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, felicitou o povo cubano pela forma como decorreu, no domingo, o referendo ao novo Código das Famílias e pelos resultados desta jornada cívica. O presidente cubano qualificou o êxito do Sim à legislação proposta como «uma vitória de Cuba, do povo cubano, dos afectos, do amor, que constituiu também uma vitória da participação democrática na construção socialista».

Díaz-Canel expressou a sua satisfação pelo alto nível de participação alcançado no referendo, «apesar da difícil situação económica e energética, dos movimentos migratórios e das discrepâncias compreensíveis com normas do Código que fazem parte deste processo». Ganhou o Sim, fez-se justiça, afirmou, salientando que com a aprovação desta lei salda-se uma dívida com gerações de cubanos cujos projectos de família esperam por ela há anos. «A partir de hoje, teremos uma nação melhor, mais completa, mais democrática, mais justa», assegurou.

Recordou que esta vitória da unidade decorreu no meio do bloqueio imposto pelos Estados Unidos da América, que provoca ao país dificuldades de todo o tipo, e sob o fogo incessante de uma guerra mediática infame. Vitória que contribui para «uma nação renovada com a força dos seus mais autênticos valores».

Ressaltou que, como parte de uma guerra não declarada, os inimigos da Revolução Cubana dispuseram de recursos milionários na guerra propagandística para semear matrizes negativas ou induzir um voto negativo, mas não puderam com a vontade expressa no voto pelo Sim, manifestada pela maioria do povo.

Vitória do Sim
com 66,87 por cento

A presidente do Conselho Eleitoral Nacional (CEN), Alina Balseiro Gutiérrez, anunciou na segunda-feira, 26, que o Código das Famílias foi ratificado pelo povo cubano.

Ao informar os resultados preliminares da votação em Cuba e no exterior, indicou que compareceram nas urnas 6.251.786 eleitores, 74,01 por cento do universo eleitoral de 8.447.467 eleitores inscritos.

O total de boletins válidos foi de 5.892.705, o que representa 94,25 por cento. A favor do Sim contabilizaram-se 3.936.790 votos (66,87 por cento) e a favor do Não foram depositados 1.950.090 boletins (33,13 por cento). Assim, a CEN confirmou estes resultados como válidos e mostrando uma «tendência irreversível», embora ainda estivesse por fechar a contagem de votos em algumas circunscrições de três províncias. Os resultados finais serão publicados em breve.




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