A Fectrans/CGTP-IN e a União dos Sindicatos de Setúbal chamaram a atenção para os graves problemas que a Transtejo vive e que ficaram mais evidentes com as recentes supressões de carreiras.

«Como as organizações sindicais da Fectrans – Sindicato dos Fluviais e Simamevip – têm denunciado, a situação agrava-se de dia para dia, devido à falta de investimentos e de planificação da manutenção», afirmou a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, no dia 28, reagindo aos vários avisos de supressões e perturbações, publicados pela administração desde dia 25, e notando que «não houve qualquer conflito laboral» neste período.

A administração alegou «constrangimentos técnicos na frota», para suprimir carreiras entre Cacilhas e Cais do Sodré, e «motivos técnicos», para suspender as carreiras de Trafaria, Porto Brandão e Belém (de 28 de Julho até anteontem, 2 de Agosto, à tarde).

Desde 29 de Julho, foram publicados avisos de «perturbações» nas ligações em períodos de ponta entre Lisboa, Cacilhas e Seixal.

A Fectrans lembrou que os investimentos na frota e a admissão de pessoal «são pontos centrais da luta dos trabalhadores».

Por seu turno, também no dia 28, focando-se no caso das ligações a Porto Brandão e à Trafaria (suspensas nessa quinta-feira, sem data de retoma do serviço), a estrutura distrital da CGTP-IN condenou «o desinvestimento das sucessivas administrações, nomeadas ora por governos PS, ora por governos PSD/CDS». Esse desinvestimento «leva a que as embarcações não tenham a devida manutenção, que a embarcação Lisbonense esteja encostada já há dois anos, que a reparação que deveria ser feita no Almadense ainda não tenha o acordo da administração».

Esta «é paga a peso de ouro», mas «não cumpre os serviços mínimos e prejudica a população».

«Mantendo-se a limitação de recursos humanos operacionais», a administração única das duas empresas anunciou, dia 29, a supressão de 18 ligações da Soflusa, entre o Barreiro e o Terreiro do Paço, nos dias úteis, durante todo o mês de Agosto.