China adverte EUA sobre visita de Pelosi a Taiwan
Os EUA continuam a provocar a China a propósito de Taiwan. Volta a falar-se da visita à ilha de Nancy Pelosi, presidente da Câmara de Representantes, que a concretizar-se prejudicaria gravemente as relações entre os dois países, avisa Pequim.
A China não ficará de braços cruzados se Pelosi visitar Taiwan
A China não ficará de braços cruzados se a presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitar Taiwan, reafirmou na terça-feira, 26, um porta-voz do Ministério da Defesa, em Pequim. Na ocasião, Tan Keifei exigiu dos EUA o cumprimento do seu compromisso de não apoiar a secessão de Taiwan.
O representante chinês acrescentou ainda que se a parte norte-americana insistir em realizar a visita, o seu país tomará medidas enérgicas para frustrar qualquer interferência externa ou operação separatista e para salvaguardar resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial da China. A ir por diante, a visita «violaria gravemente o princípio de uma só China e o estipulado nos três comunicados conjuntos China-EUA» e constituiria um «prejuízo sumamente grave às relações entre os dois países e às duas forças armadas e conduziria a uma maior escalada das tensões».
As declarações do porta-voz militar chinês seguem-se a outras, na véspera, do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que alertou também para as graves consequências de uma possível visita de Pelosi a Taiwan. Zhao Lijan garantiu que «estamos plenamente preparados para qualquer eventualidade» e acrescentou que os EUA devem assumir toda a responsabilidade por qualquer consequência grave que surja da visita.
A viagem de Nancy Pelosi a Taiwan, inicialmente prevista para Abril, poderia ter lugar em Agosto. Há dias, o presidente Joe Biden declarou publicamente que o Exército dos EUA considera «não ser boa ideia» Pelosi visitar Taiwan neste momento.
Paz e estabilidade no Mar Meridional
A China solicitou na segunda-feira, 25, que se realizem consultas entre os países do Mar Meridional para evitar disputas, sublinhando que a paz e a estabilidade são pré-requisitos para o desenvolvimento da região. O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, apelou a que se sigam as normas e posições consagradas na declaração assinada em Phnom Penh em 2002 por representantes da China e da Associação de Países do Sudeste Asiático, para lidar com controvérsias nesse espaço marítimo.
Propôs trabalhar para converter o Mar Meridional num lugar onde prevaleça a paz, a amizade e a cooperação e defendeu a rejeição em conjunto de qualquer acção ou declaração visando exacerbar tensões. A zona, acrescentou, não é um «parque de safari» nem uma «arena de luta» onde se enfrentam as grandes potências, condenando quaisquer demonstrações de força em busca de hegemonia.