Concentrações de utentespara defender o Serviço Nacional de Saúde
Várias dezenas de pessoas concentraram-se, dia 23 de Junho, em Alcanena para exigir a colocação de mais médicos de família e a reabertura das extensões de saúde encerradas durante a pandemia da COVID-19.
No protesto, promovido pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) e Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Alcanena, foi aprovada uma moção onde se dá a conhecer que, actualmente, «mais de 7500 utentes» de Alcanena (63 por cento da população) «não têm médico de família atribuído», o que coloca o concelho «como um dos piores na região do Médio Tejo quanto à prestação de cuidados de saúde primários». No documento exige-se o direito a cuidados de saúde de qualidade e proximidade prestados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), conforme os princípios definidos na Constituição da República Portuguesa; medidas extraordinárias e imediatas para garantir cuidados de saúde nos centros de saúde e extensões das freguesias, com mais trabalhadores, especialmente médicos; a urgência de valorizar o SNS com medidas para melhorar a organização dos serviços, investir em espaços e equipamentos, valorizar as condições profissionais dos trabalhadores da saúde.
Estaacção de luta contou com a presença de Bernardino Soares, em representação do Grupo Parlamentar do PCP. O Partido valoriza as mais de 3700 assinaturas já recolhidas entre a população, no abaixo-assinado que exige melhores cuidados de saúde.
Torres Novas
No mesmo dia, 23, as populações de Alcorochel e Parceiros de Igreja também se manifestaram contra a falta de médico de família. As críticas pela falta de respostas para este problema são dirigidas à Câmara de Torres Novas, ao ACES Médio Tejo e ao Governo. Segundo o movimento «Queremos um médico já», mais de 1400 utentes daquelas localidades não têm médico de família.