Nos 77 anos da Vitória dar força à luta pela paz
«Comemorar os 77 anos da Vitória sobre o nazi-fascismo é agir para que jamais uma nova guerra de tão trágicas proporções aconteça. É dar mais força à luta pela paz», reafirma o PCP.
O nazi-fascismo foi a mais violenta e criminosa forma de dominação capitalista
Em nota divulgada segunda-feira pelo seu gabinete de imprensa, dia 9 de Maio, quando se assinalaram os 77 anos da capitulação da Alemanha nazi, o Partido recordou que «a Segunda Guerra Mundial (SGM) foi resultado do agravamento das contradições entre as potências imperialistas e, simultaneamente, do seu propósito de destruição da URSS, expresso, nomeadamente, no apoio e conivência do Reino Unido, França e EUA com o rearmamento e ambição expansionista da Alemanha nazi.»
O PCP salientou, igualmente, que a SGM «é indissociável da profunda crise em que em 1929 mergulhou o capitalismo e, nesse contexto, do ascenso do fascismo, que os grandes grupos económicos e financeiros viam como um instrumento para levar mais longe a sua política de exploração, opressão e domínio.»
Nazi-fascismo, precisa-se ainda, que «foi a mais violenta e criminosa forma de dominação gerada pelo capitalismo, com o seu anti-comunismo, a sua xenofobia, o seu ataque às liberdades e aos direitos democráticos, a sua apologia da violência, do militarismo e da guerra», que foi «responsável pelo horror dos campos de concentração, o massacre sistemático de populações, o trabalho escravo, por incomensuráveis e cruéis sofrimentos e privações, pela mais devastadora guerra imposta à Humanidade.»
Assim, «para que tal barbárie jamais aconteça, é fundamental não deixar que se escondam e façam esquecer a origem e carácter de classe do nazi-fascismo».
Justa homenagem
«Mas comemorar o 9 de Maio, dia da Vitória, é principalmente, prestar homenagem aos milhões de homens, mulheres e jovens, que heroicamente resistiram e lutaram», acrescentou o Partido, para quem, sem subestimar o papel dos Aliados, «é justo sublinhar o contributo decisivo da URSS, do povo soviético e do seu Exército Vermelho» para «libertar a Humanidade do nazi-fascismo.
«Indispensável» é, também, realçar o papel da «resistência anti-fascista, onde os comunistas, com o movimento operário, assumiram um papel fundamental».
Actualidade
No texto, o Partido à mais «firme denúncia e rejeição» daqueles que «hoje visam diminuir, deturpar e negar o papel da União Soviética e dos comunistas na Vitória sobre o nazi-fascismo», que, «sob novas roupagens, procuram reabilitar o fascismo e sob o anti-comunismo escondem as concepções e os projectos mais reaccionários e anti-democráticos».
O PCP chama assim a atenção para o facto de as comemorações assumirem, «no actual momento internacional, um particular significado e uma acrescida importância». De facto, «perante o dramático agravamento da guerra na Ucrânia, na sequência de um caminho de ingerência, violência e confrontação, do golpe de Estado promovido em 2014 pelos EUA – que instaurou um poder xenófobo e belicista –, e da recente intervenção militar da Rússia, os EUA, com os seus aliados da NATO e da UE, ao invés de se empenharem, como se impõe a todas as partes envolvidas no conflito, numa urgente solução negociada e política, promovem uma perigosa escalada de guerra que comporta sérios riscos para os povos da Europa e de todo o mundo.»
Nesse sentido, «o PCP reafirma a urgência de iniciativas que contribuam para um processo de diálogo com vista à solução política do conflito na Ucrânia, à resposta aos problemas de segurança colectiva na Europa, ao cumprimento dos princípios da Carta das Nações Unidas e da Acta Final da Conferência de Helsínquia».
«A luta pelo desarmamento, e, em primeiro lugar, pelo desarmamento nuclear, pela dissolução dos blocos militares, pela cooperação e amizade entre todos os povos do mundo, é um imperativo», reitera-se.
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