Governo recusa soluções

«Os problemas estruturais do País que diariamente atingem o povo, como as desigualdades e as injustiças sociais, o aumento do custo de vida, a degradação dos serviços públicos, a dependência externa, a falta de aposta na produção nacional, exigem soluções que não se vislumbram no Programa do Governo nem no Orçamento do Estado», considerou Jerónimo de Sousa, segunda-feira, no final de uma audiência com o Presidente da República.

Em declarações após o encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, o Secretário-geral do Partido insistiu que «é necessária uma resposta à altura dos problemas e das necessidades que o País enfrenta, mobilizando todas as possibilidades que hoje existem», e lembrou que as «soluções defendidas pelo PCP (...) há cinco meses, na versão anterior do OE, continuam a faltar nesta proposta».

Mais ao concreto, «o Governo continua a recusar o aumento dos salários de todos os trabalhadores e o aumento geral das pensões, o reforço dos serviços públicos, designadamente do SNS», bem como «a defesa do direito à habitação, o investimento na criação de uma rede pública de creches e de equipamentos sociais, o apoio à produção nacional e às micro, pequenas e médias empresas», detalhou.

O dirigente comunista também se referiu «ao aproveitamento da guerra e das sanções» por parte dos «grupos económicos», denunciando que tal está a ocorrer «à custa do empobrecimento dos trabalhadores e do povo».

Lamentou, por isso, que «o Governo recuse defendê-los, remetendo a resposta para decisões da UE, mais uma vez numa posição de desresponsabilização e aceitação de imposições externas prejudiciais ao povo e ao País».

«É por isso que a luta pela paz, contra a escalada da guerra, tem de ser desde já associada à luta em defesa dos direitos, à reposição e valorização do poder de compra dos salários e das pensões», concluiu.



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