Sector ferroviário em luta

Os ferroviários estão hoje, quinta-feira, em luta pelo aumento dos salários de todos os trabalhadores, contra a discriminação salarial, pela valorização das carreiras profissionais e defesa de direitos.

«Para uns nada e para outros pouquíssimo»

Para as 10h30 estão marcados plenários descentralizados no Porto (Estação de São Bento), Entroncamento (Oficinas) e Lisboa (Calçada do Duque) para «analisar a situação e discutir novas acções num curto espaço de tempo». Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), em nota de 26 de Abril, a participação dos trabalhadores está «legalmente» coberta pelos «créditos sindicais», tendo sido comunicado o início da sua despensa a partir das 8h00.

As «razões para lutar» aumentaram com a intenção do Conselho de Administração (CA) da CP de querer «impor uma pequeníssima actualização salarial [de 0,9 por cento], com a condição de alteração, para pior, do Acordo de Empresa (AE) e do Regulamento de Carreiras», critica o SNTSF, reforçando: «Para uns nada e para outros pouquíssimo, desde que aceitem alterações de funções e retirada de direitos».

Também os trabalhadores das oficinas recusaram o acordo apresentado pela administração/Governo, não obstante a ameaça destes de que retirariam a contratação colectiva. O sindicato refere que é uma «leitura parcial da lei, porque, com a integração na CP, os trabalhadores têm o AE de 2020, que está em vigor, conforme o artigo 498.º do Código do Trabalho».

O último aumento salarial que abrangeu todos os trabalhadores remonta a 2018. Para este ano, o SNTSF exige – entre um conjunto de propostas apresentadas no final de 2021 – o aumento de 90 euros por trabalhador e a fixação do salário de entrada na empresa em 850 euros.

 



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