López Obrador continuará a ser o presidente da República do México até Outubro de 2024 por mandato do povo, que assim o decidiu numa consulta sobre a sua confirmação ou revogação, realizada no domingo, 10. Nove em cada 10 mexicanos votaram a favor da continuação do chefe do Estado no seu cargo.

Participaram na consulta popular cerca de 19 por cento dos eleitores inscritos, quando seriam necessários 40 por cento de votantes para tornar o resultado vinculativo.

O presidente criticou a exigência de uma participação tão elevada para um exercício democrático deste tipo e explicou que, mesmo não se atingindo essa percentagem de eleitores, teria renunciado se a maioria dos que votaram fosse contra a sua continuidade.

O presidente do partido governamental Morena, Mario Delgado, e toda a direcção nacional e da cidade do México saudaram o triunfo esmagador nesta demonstração de democracia participativa e qualificaram a consulta como um êxito.

Os líderes dos partidos Acção Nacional, Revolucionário Institucional, Revolucionário Democrático e Movimento Cidadão, oposicionistas, que boicotaram o processo, anunciaram que são contra a revogação e contra os resultados do referendo.

O México foi o terceiro país da América Latina a levar a cabo uma consulta popular deste tipo. O primeiro foi a Venezuela, com Hugo Chávez, em 2004, e o segundo a Bolívia, com Evo Morales, em 2008.