A campanha para as eleições presidenciais na Colômbia prossegue cada vez mais intensa e o candidato do Pacto Histórico, Gustavo Petro, continua a contactar as populações em todo o país.

Na semana passada, no dia 7, o ponto de encontro foi o Parque de Santo António, na cidade de Medellín, onde o candidato da coligação de esquerda esteve acompanhado por senadores e membros da câmara dos representantes, do Congresso, e onde partilhou com a população o programa que propõe, ao mesmo tempo que ouviu as preocupações e os problemas do povo.

Na véspera, em Neiva, no departamento de Huila, Petro e o Pacto Histórico receberam um apoio de milhares de pessoas na Praça Cívica Os Libertadores, no centro da cidade.

O candidato presidencial propôs aos huilenses converter a região numa potência agrária da Colômbia. «Queremos uma Huila agrária, queremos associações, cooperativas de produtores e produtoras agrárias, que se tornem proprietários da industrialização dos produtos», afirmou, defendendo que é necessário passar da simples produção à indústria. E sublinhou que a industrialização será a ferramenta que gera riquezas para os camponeses, pois serão estes os donos do valor acrescentado que for gerado com a transformação dos produtos.

A mulher joga um papel essencial para alcançar esse objectivo e deve ser «poderosa, proprietária da terra e da industrialização», acentuou Petro, que nas suas intervenções aborda sempre problemas da mulher, dos jovens e das comunidades étnicas que integram a Colômbia, um país repleto de diversidade.

Para atingir esta meta, manifestou o candidato do Pacto Histórico, é preciso que o Estado possa garantir créditos de fácil acesso tanto aos camponeses como aos trabalhadores informais. É preciso que os bancos agrários se abram à economia popular, com empréstimos a taxas decentes que se possam pagar com os ganhos da produção. Em suma, «economia agrária e de alimentos com um sistema público e cooperativo de créditos».