Interjovem destaca razões para sair à rua no dia 31
Aumento dos salários, redução do horário de trabalho e fim da precariedade de emprego são reivindicações a que a Interjovem/CGTP-IN dá relevo, na mobilização para a manifestação nacional da juventude trabalhadora, marcada para 31 de Março, às 15 horas, em Lisboa (Campo das Cebolas) e no Porto (Campo 24 de Agosto).
Num folheto central, em distribuição nas empresas e serviços, e em materiais visuais produzidos para divulgação na Internet, é contestada a «agenda do trabalho digno e de valorização dos jovens». Na verdade, o Governo PS «mantém a política de baixos salários, não soluciona o problema dos horários desregulados, mantém a injustiça do período experimental de seis meses e não garante que a um posto de trabalho permanente corresponde um vínculo de trabalho efectivo».
Por outro lado, enquanto «promete semanas de quatro dias», o Governo «rejeita as 35 horas por semana , sem perda de salário, abrindo a porta para horários concentrados, mais desregulação, menos tempo para nós».
Numa «factura simplicada de um jovem trabalhador», são simuladas as contas de quem recebe salário mínimo, equivalente a um rendimento mensal líquido de 627 euros, insuficiente para custear as despesas essenciais.
Os lucros de centenas de milhões de euros de alguns grupos económicos contrastam com o facto de um em cada dez trabalhadores permanecer na pobreza. Além de sublinhar que «somos nós que produzimos esta riqueza», a Interjovem lembra que «não paramos de produzir, não deixamos de trabalhar, mesmo nas condições mais difíceis».
Para melhor distribuir a riqueza, defende-se um aumento geral dos salários, em 90 euros, e um salário mínimo nacional de 850 euros, a curto prazo; 35 horas semanais, sem perda de remuneração; fim da precariedade, garantindo vínculo efectivo para cada posto de trabalho permanente; revogação das normas da caducidade da contratação colectivo e do alargamento do período experimental na contratação de jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração.