Preços exorbitantes nos combustíveis
A Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul promoveu, anteontem, 15 de Março, um buzinão no acesso à Ponte 25 de Abril, no viaduto do Pragal, contra os preços exorbitantes dos combustíveis em Portugal, que penalizam fortemente as famílias, considerando o contexto de baixos salários que se vive em Portugal.
Esta comissão tem reivindicado junto do Governo, desde há muitos meses, a necessidade de baixar e regular o preço dos combustíveis. No entanto, o Executivo PS «tem permitido uma escalada injustificável no aumento dos preços, tanto mais que os combustíveis existentes nos postos de abastecimento e armazenamento foram, certamente, adquiridos há muito tempo e a preços mais baixos», consideram os utentes, para quem «o pretexto da guerra» para aumentar os combustíveis «é um falso argumento».
É urgente que «se ponha termo à guerra que só serve os interesses dos especuladores» e «encontrar todas as formas de restabelecer a paz», refere a Comissão de Utentes.
Carga fiscal
Também a Confederação Portuguesa das Pequenas e Médias Empresas (CPPME) exige a redução imediata da carga fiscal sobre todos os combustíveis e o fim da especulação com o estabelecimento de preços máximos para a sua comercialização. «Os aumentos agora em curso estão relacionados com a pressão especulativa e oportunista do mercado de gás e do petróleo, em tempo de conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia», salienta a Confederação, esclarecendo que «nenhum dos combustíveis que se encontram armazenados, em processamento ou em distribuição, foi produzido com matérias-primas acima de 80-85 dólares, nem com combustíveis de origem russa, tal como foi recentemente afirmado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros».
Entre outras medidas, a CPPME afirma que o Governo deve «rever a sua política fiscal relativamente ao valor dos impostos e dos impostos sobre os impostos, que incidem nos combustíveis, começando por acabar com a dupla tributação e o adicional do ISP».