No folheto de mobilização para o comício, que desde há semanas é distribuído em todo o País, realça-se os objectivos da iniciativa: culminar as comemorações do Centenário do PCP, assinalar os seus 101 anos e constituir uma grande acção de massas «inserida na luta pela resolução dos problemas nacionais, pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo, por uma política alternativa patriótica e de esquerda que promova o desenvolvimento soberano, pela democracia avançada». E que se será igualmente uma grande acção em defesa da paz.

A premência da iniciativa é tão maior quanto se está perante um «momento particularmente exigente da situação nacional e internacional, em que se co­loca a necessidade da luta pela defesa e avanço dos direitos, a concretização de uma alternativa que garanta um Portugal com futuro, e a acção pela paz e o progresso social». Nele se afirmará a continuação e intensificação da luta dos comunistas «por uma sociedade nova num mundo de paz, amizade e cooperação entre os povos».

Para estes que são os objectivos mais gerais da luta secular dos comunistas concorrem outros, de natureza mais imediata, que estarão igualmente em destaque no comício de domingo. Assim, ele servirá também para dar força à luta, que se trava todos os dias, pela valorização do trabalho e dos trabalhadores; pela produção nacional e o emprego; pela garantia dos direitos à educação e à cultura; pelo reforço do SNS e demais serviços públicos; por uma vida digna para os idosos; pelos direitos das crianças, dos jovens e das mulheres; por um ambiente equilibrado e a coesão territorial; pela garantia do direito à justiça e o combate à corrupção; pela defesa da soberania e independência nacionais; pela paz e a cooperação – no fundo, pela afirmação dos valores de Abril e pelo cumprimento do que se mais avançado se encontra consagrado na Constituição da República Portuguesa.

No mesmo folheto, o PCP apela à participação «dos trabalhadores, dos democratas e patriotas» no comício, reafirmando com «determinação e confiança, o ideal e projecto comunista, o seu compromisso de sempre com os trabalhadores e o povo na luta que continua pela liberdade, a democracia e o socialismo».

Um momento inesquecível

Serão quatro as intervenções políticas no comício de domingo: Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP; Inês Rodrigues, do Secretariado e da Comissão Política da Direcção Nacional da Juventude Comunista Portuguesa; Margarida Botelho, do Secretariado do Comité Central; e Paulo Raimundo, do Secretariado e da Comissão Política do Comité Central.

O momento cultural contará com a participação do Grupo de Bombos «Bardoada», Hélder Moutinho com Ricardo Parreira, Miguel Silva e Ciro Bertini, Luísa Basto com Nuno Tavares, Manuel Pires da Rocha, Catarina Moura e Luís Pedro Madeira. A apresentação deste momento estará a cargo de da radialista Raquel Bulha e do músico Tiago Santos.

Antes do comício, a JCP promove um desfile até ao Campo Pequeno, com partida da Praça de Espanha e início marcado para as 14h00.

As organizações do Partido de todo o País preparam as deslocações para o comício. Há transportes e excursões (ver Agenda, nesta edição) para que ninguém falte.