CGTP-IN anuncia intensificação da luta para efectivar direitos
A CGTP-IN apela à intensificação da luta para garantir a valorização do trabalho e dos trabalhadores, o direito ao emprego com direitos, a defesa e reforço do SNS e de todos os serviços públicos, a promoção do desenvolvimento soberano do País.
«Exige-se uma resposta do Governo»
Nos dias 17 e 18 de Fevereiro, a Intersindical Nacional vai reunir o seu Conselho Nacional e o Plenário de Sindicatos para analisar o quadro político resultante das eleições legislativas e a acção e intervenção a desenvolver para exigir resposta às reivindicações dos trabalhadores.
«Exige-se uma resposta do Governo. Face a uma maioria absoluta que tenderá a elevar a resistência do PS na resolução dos problemas, é ainda mais necessária a organização, unidade e luta dos trabalhadores», apela a CGTP-IN, que, no «quadro de intensificação da mobilização dos trabalhadores nas empresas e serviços, com confiança e a certeza de que com a luta é possível e necessário obter resultados», vai ainda levar a cabo a Semana da Igualdade, de 7 a 11 de Março, com o lema «A igualdade tem de existir para o País evoluir». No dia 31 de Março, o Dia Nacional de Luta dos Jovens Trabalhadores será comemorado com manifestações em Lisboa e no Porto.
Mobilizar para as comemorações do 48.º aniversário do 25 de Abril e preparar o 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, «de modo a construir uma grandiosa jornada de luta nacional de todos os trabalhadores, em todo o País», são outras prioridades.
Exige-se respostas
Sobre as legislativas, a Intersindical considerou que os resultados ficaram marcadas pela «bipolarização, seja com a difusão da falsa ideia de que se estava a eleger o primeiro-ministro, seja com a publicação de sondagens que colocavam dúvidas quanto ao partido mais votado que não se vieram, nem de perto, nem de longe, a confirmar».
«Os resultados das eleições confirmam a rejeição dos projectos de aumento da exploração e destruição dos serviços públicos e Funções Sociais do Estado dos partidos mais à direita, e traduzem um aumento da votação no PS, cuja maioria absoluta não pode ser dissociada dos factores já referidos», considera a CGTP-IN, em nota de imprensa de 31 de Janeiro. No documento afirma-se, também, que o combate ao aumento da votação «nas forças mais reaccionárias e de extrema-direita» faz-se com «uma nova política que responda às necessidades e anseios dos trabalhadores, rejeitando o populismo e o individualismo».
«Os problemas com que os trabalhadores e as suas famílias estão confrontados, os baixos salários, a precariedade, os bloqueios à contratação colectiva, o acentuar das desigualdades e os que resultam de uma legislação laboral que tem de ver revogadas as suas normas gravosas, os horários longos e desregulados, a necessidade de reforço dos serviços públicos e das Funções Sociais do Estado, exigem uma resposta efectiva», assegura a Intersindical.