Trabalhadores da Hotelaria e Turismo reclamam direitos e melhores salários

Os trabalhadores do sector da hotelaria e do turismo concentraram-se, dia 27, junto às instalações da associação patronal, em defesa da contratação colectiva, contra a precariedade e pelo aumento dos salários.

O Sindicato da Hotelaria do Sul, que convocou esta «acção pública de protesto e denúncia obre os principais problemas do sector da Hotelaria e do Turismo», denuncia o «bloqueio» e o «boicote praticamente total», por parte da Associação Portuguesa de Hotelaria, ao direito à contratação colectiva. Trata-se, garante, de uma situação que dura desde que a lei, criada pelo governo PS/Sócrates e agravada com o PSD/CDS de Passos Coelho e Portas, «prevê a caducidade das convenções colectivas». O actual Governo, acrescenta o sindicato, recusou-se a solucionar definitivamente este problema, limitando-se a suspender a norma da caducidade por 24 meses.

Para a estrutura sindical, a atitude da generalidade do patronato do sector passa por recusar «quaisquer revisões [das convenções colectivas] se tal não tiver como contrapartida a cedência total dos direitos dos trabalhadores» em matérias como os bancos de horas, a flexibilidade de horários, a retirada da alimentação em espécie (direito histórico no sector), que se somam ao facto de os salários não serem aumentados há mais de uma década.

Toda esta situação, realça ainda o Sindicato da Hotelaria do Sul, «tem afastado os profissionais do sector, que não é atractivo»: não há valorização das categorias profissionais, a precariedade é cada vez mais a regra nas empresas do sector, os salários são muito baixos e é praticamente impossível conciliar o trabalho com a vida familiar, perante a passividade das autoridades inspectivas. Ganha o patronato, que acumula «riqueza e lucros avultados».

No final da acção estava prevista a entrega de uma moção na sede da associação patronal, o que não sucedeu por não se encontrar lá ninguém para a receber. O documento reafirmava as reivindicações que estiveram na origem da concentração.

 



Mais artigos de: Trabalhadores

CGTP-IN anuncia intensificação da luta para efectivar direitos

A CGTP-IN apela à intensificação da luta para garantir a valorização do trabalho e dos trabalhadores, o direito ao emprego com direitos, a defesa e reforço do SNS e de todos os serviços públicos, a promoção do desenvolvimento soberano do País.

Luta na Rodoviária segue sem tréguas

Os trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (RL) cumpriram, anteontem, uma greve pelo aumento das retribuições. Ao piquete, Bruno Dias expressou a solidariedade do PCP para com a luta.

CAMO e CTT em greve

«Com razões de sobra», como assinalou o SITE Norte, começou anteontem uma série de greves na fábrica de autocarros CAMO, em Vila Nova de Gaia, por aumentos salariais e contra a discriminação que persiste. A luta, como informou o sindicato da Fiequimetal/CGTP-IN, inclui paralisações de uma hora, todas as terças e...

Hospital da Luz tem de cumprir o contrato

Um tribunal condenou o Hospital da Luz a pagar a uma trabalhadora as diuturnidades em falta, com retroactivos. O grupo privado de Saúde há muito que se recusa a cumprir o estipulado no Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) assinado com o CESP em 2000, alegando que o mesmo caducou, o que o sindicato – e agora também a...