Urge quebrar perdas salariais

«Desde o último aumento salarial, em 2009, os trabalhadores da Administração Pública sofreram, em média, uma quebra real do seu salário de 10,6 por cento», protestou anteontem o STAL/CGTP-IN.

O valor da perda, entre 2010 e 2021, resulta dos aumentos anuais dos preços, dos descontos (CGA, ADSE e IRS) e do corte nos salários superiores a 1500 euros.

O sindicato ressalva que «a subida do salário mínimo nacional induziu uma subida dos salários mais baixos da Administração Local e permitiu a reposição parcial do seu poder de compra», o que se reflecte numa redução real de apenas 3,5 por cento (19 euros por mês).

No entanto, trabalhadores de outras carreiras (como os assistentes técnicos e administrativos, os técnicos superiores e os dirigentes) não beneficiaram dessa actualização, o que resulta em perdas maiores: 14,6 por cento (106 euros), no caso dos assistentes operacionais, e 20,1 por cento (229 euros), no que respeita aos técnicos superiores.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, de que o STAL faz parte, reafirmou ontem a exigência de aumento real dos salários, no mínimo em 90 euros para todos os trabalhadores, e o reajustamento dos escalões do IRS, para garantir mais justiça fiscal.

Só depois da denúncia da Frente Comum, no dia 24, o Governo veio anunciar uma actualização das tabelas de retenção na fonte do IRS, mas exige-se que sejam ressarcidos os trabalhadores que, em Janeiro, tiveram perda salarial líquida.

 



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