Todos diferentes todos iguais

Muitos são os motivos que trazem uma pessoa até ao momento de tomar Partido pela mais justa e bela causa: a da emancipação social do ser humano. No PCP, todos os militantes têm a sua história. Muitas são semelhantes, mas nenhuma é igual.

São semelhantes porque, apesar de não comporem uma massa homogénea de pessoas e pertencerem a diferentes sectores da sociedade, muitos militantes sentiram (e continuam a sentir na pele) os mesmos problemas que os guiaram até à consciencialização de que lutar de forma organizada integrando a vanguarda revolucionária, é a única solução viável para transformar a sociedade. São únicas pelo rol de motivos que trouxe cada um ao grande colectivo partidário.

Ricardo tem 49 anos e é natural de Vila Real. Foi no dia que se seguiu às eleições presidenciais, em que observou os resultados que pensou: «é agora que vai ser».

Antes disso, já a sua família tinha tido tempo de lhe passar e ensinar o conjunto de valores necessários para o fazer gravitar à esquerda. «A minha família é, historicamente do PCP. Têm uma relação muito forte com o Partido, nomeadamente na fase do pós-25 de Abril e no PREC, como militantes e candidatos», contou.

Entre o processo de aprendizagem com a família e as passadas eleições presidenciais, acresce um importante elemento: Ricardo é professor contratado, mas, como disse ao Avante!, acumula um percurso um bocado conturbado porque sempre trabalhou em regime de precariedade do vínculo, mesmo na altura em foi docente universitário.

O seu foi um dos casos em que a epidemia serviu como desculpa para impedir a concretização de um contrato PREVPAP e, desse modo, a entrada no quadro de uma instituição do Sistema de Ensino.

Quando questionado em relação ao futuro, a resposta pareceu-lhe estar na ponta da língua: «a perspectiva é sempre a mesma, a da continuidade da luta. O capitalismo é um processo a prazo. Não é o fim da história. Para acabar com ele é preciso lutar, pois sem acção não existe transformação».

Em comum com Ricardo, Pedro, 20 anos, tem apenas o contexto familiar de militância no PCP. Designadamente o seu avô, membro do Partido e autarca há anos em Viana do Castelo.

Encontrámos Pedro na apresentação de candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo e testemunhámos a sua adesão ao Partido. Ali, antes de entrar no Casino de Afife. Porquê?

«O contexto e o contacto com a realidade sempre me aproximaram do PCP. Com 17 anos, comecei a ler o programa, posições políticas, etc., e com 18 votei pela primeira vez. Mas foi a crise epidemiológica que me levou a querer militar».

Mas por que é que a pandemia foi o impulso final para ingressares nas fileiras comunistas? - quisemos saber. «Sempre quis ser piloto de aviões e, felizmente, os meus pais têm possibilidade de me proporcionar esse sonho. Já sabia que era privilegiado nesse aspecto, mas o capitalismo a aproveitar a pandemia para fazer desmoronar os sonhos de tanta gente, a demonstrar que é incapaz de responder às necessidades das pessoas, confirmou-me que é um modelo económico e social injusto em todos os aspectos, não apenas naqueles que nos estão próximos ou dizem respeito».



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