Venezuela denuncia perante ONU roubos de activos seus no exterior

Um alto responsável venezuelano, Elvis Amoroso, denunciou recentemente perante a Organização das Nações Unidas (ONU) o roubo dos activos do seu país no exterior por parte dos governos de alguns países, nomeadamente da Europa e América do Norte.

Durante o debate da 9.ª conferência dos Estados partes da Convenção das Nações Unidas contra a corrupção, que se desenrolou em meados de Dezembro em Sharm El-Sheikh, no Egipto, o representante da Venezuela denunciou o que chamou «uma rede de corrupção desenhada por governos no mundo». Afirmou que «há milhões de dólares em ouro e dinheiro depositados em bancos europeus que não se puderam utilizar».

Contra a Venezuela, disse, aplica-se uma nova modalidade de corrupção, a triangulação, a qual é desenhada e apoiada por alguns Estados que procuram apoderar-se de empresas e recursos que legalmente pertencem ao país sul-americano.

«Os governos dos Estados Unidos da América e da Colômbia reconheceram e apoiaram um ex-deputado que se autoproclamou como presidente interino numa praça, com o único propósito de arrebatar e apoderar-se de empresas importantes que a nossa pátria tem no exterior», como são a corporação petrolífera Citgo (nos EUA) e a petroquímica Monómeros (na Colômbia), explicou.

Recordou que o ouro depositado no Banco de Inglaterra e o dinheiro que ascende a mais de um milhão de dólares em bancos portugueses, foram roubados, facto sem precedentes a nível mundial.

Acrescentou que os corruptos e responsáveis desses saques, acusados de acordo com distintas leis da Venezuela, refugiam-se na Colômbia e nos EUA, aonde vivem como magnatas.

Isto, alertou, não pode continuar a acontecer e a Convenção da ONU contra a corrupção deve alertar todos os seus membros para acabar, de uma vez por todas, com esse tipo de acções, para evitar que outros países em desenvolvimento sofram pilhagens semelhantes.

O presidente Nicolás Maduro e outros dirigentes da Venezuela têm denunciado em muitas ocasiões o roubo de activos financeiros do país, no valor de milhões de dólares, pelos EUA e seus títeres, dificultando ou impedindo o acesso do povo venezuelano a vacinas, medicamentos, alimentos e outros bens de primeira necessidade.



Mais artigos de: Internacional

Governo civil democrático exigido no Sudão

Grandes manifestações populares sucedem-se em Cartum e noutras cidades do Sudão contra a junta militar golpista no poder, tendo forçado já a demissão do primeiro-ministro. O Partido Comunista Sudanês e outras forças oposicionistas exigem um governo civil democrático.

Economia do Vietname cresceu e exportações bateram recorde

A economia do Vietname cresceu 2,58 por cento em 2021 apesar do comportamento mais inclemente da pandemia de COVID-19 no ano que terminou, em relação a 2020. Em Hanói, o Ministério de Planificação e Investimentos indicou que a quarta vaga pandémica, em finais de Abril, e as medidas de confinamento afectaram gravemente a...

Etiópia, «ajudas» e ingerências

O governo norte-americano concretizou a ameaça e excluiu a Etiópia de um tratado comercial entre os Estados Unidos da América e países africanos. Também o Mali e a Guiné sofreram o mesmo castigo, deixando de poder aceder aos «benefícios» da Lei de Crescimento e Oportunidades para África (AGOA, na sigla em inglês), que...