Às 9h00, os trabalhadores concentram-se na Avenida Luísa Todi (junto ao coreto), para depois seguir até à Unidade Local de Setúbal da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), com o objectivo de solicitar uma intervenção inspectiva no Estaleiro da Mitrena, de modo a que sejam asseguradas condições de segurança e saúde no trabalho.

Este protesto foi decidido, à porta dos estaleiros, no passado dia 2, durante uma greve dos trabalhadores da Lisnave Yards que teve uma adesão muito expressiva, sempre acima dos 90 por cento em todos os turnos, desde as zero horas do dia 31 de Outubro, abrangendo todo o trabalho suplementar (pago e não pago) e o trabalho normal.

Os trabalhadores, organizados no SITE Sul, exigiram a eliminação do redime de «adaptabilidade» dos horários, que representa trabalho não pago. Reclamaram igualmente a admissão de mais trabalhadores, melhores condições de segurança e saúde no trabalho, bem como a melhoria das condições e das refeições no refeitório. Dias antes, estes trabalhadores organizaram-se, levaram de casa a sua própria refeição e concentraram-se à hora de almoço na porta do refeitório, recusando-se a consumir a refeição confeccionada no refeitório da empresa.

Na concentração de dia 2 de Novembro, junto à portaria do estaleiro, participaram os coordenadores do SITE Sul, Eduardo Florindo, da União dos Sindicatos de Setúbal, Luís Leitão, e da Fiequimetal, Rogério Silva.