Central do Pego não deve fechar
O fecho da central termoeléctrica do Pego, anunciado para o final deste mês, «não vai efectivamente contribuir para um melhor ambiente, uma vez que a electricidade continua a ser necessária para o País e será importada de Espanha e França, onde é gerada em centrais a carvão que emitem o dióxido de carbono que o Governo diz querer evitar», salientou a Fiequimetal/CGTP-IN, ao noticiar uma concentração realizada dia 13, sábado, em Abrantes.
A iniciativa, promovida pelo Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, junto dos Paços do Concelho de Abrantes, visou ganhar apoios para a exigência de que o encerramento não se concretize, reunindo trabalhadores da central, dirigentes sindicais e também deputados e eleitos nas autarquias locais.
Mereceu destaque a condenação da destruição de duas centenas de postos de trabalho, sem alternativas de emprego. «Era preciso antecipar e salvaguardar o futuro destes cerca de 150 trabalhadores, entre directos e indirectos, coisa que o Governo, apesar do nosso constante alerta, não conseguiu assegurar até hoje», disse aos jornalistas o presidente do SIESI, Luís Santos.
Rogério Silva, coordenador da Fiequimetal e membro da Comissão Executiva da CGTP-IN, também citado pela Lusa, frisou que «o que queremos, no imediato, é a paragem do processo, do anúncio de encerramento, até que se encontre alternativas que sejam credíveis, que salvaguardem a produção energética e que salvaguardem, simultaneamente, os postos de trabalho e a economia da região».
António Filipe, deputado do PCP eleito no círculo de Santarém, defendeu «uma suspensão do processo de encerramento até haver alguma definição que permitisse a estes trabalhadores alguma previsibilidade sobre qual será o seu futuro».