Castanhas e vinho com sabor amargo

No Dia de S. Martinho, a CNA alertou para as dificuldades dos produtores de castanhas e vinho em escoar os seus produtos a preços compensadores. A situação agrava-se com o aumento dos custos dos factores de produção.

Aumento galopante dos custos dos factores de produção

Em nota divulgada no passado dia 11, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) informa que a produção de castanha «baixou significativamente» e que, em razão directa da menor oferta, o preço pago ao agricultor «não chega para compensar a redução de castanha». Na região de Valpaços, por exemplo, «soutos que na campanha anterior produziram três mil quilos de castanha, este ano não vão além dos mil».

Por seu lado, no vinho estima-se um aumento global da produção nacional em cerca de um por cento, embora com quebras em algumas regiões. «Porém, de uma forma geral, as expectativas quanto aos preços à produção não vão além da manutenção dos preços (baixos) das últimas campanhas», lamentam os agricultores, explicando que «no Douro o aumento da produção estará na ordem dos dez a 20 por cento, o que coloca o problema do benefício não ser suficiente».

Recorde-se que a CNA e as suas filiadas na região, tal como a Associação dos Viticultores e da Agricultura Familiar Douriense (AVADOURIENSE), cedo alertaram que o aumento do benefício nesta campanha (de 102 para 104 mil pipas) foi muito insuficiente face às necessidades e possibilidades da região e exigiram um valor próximo das 120 mil pipas, situação que devia ser tida em conta na próxima campanha.

«Num ano marcado por intempéries, pelos efeitos da pandemia de COVID-19, pelo aumento galopante dos custos dos factores de produção e pelo incremento dos custos de transporte não assumidos pelo comércio e pela indústria, que os fazem recuar na cadeia e reflectir nos preços à produção, é certo que irão manter-se em baixa os rendimentos dos produtores», critica a Confederação, recordando que a situação, que se arrasta há várias campanhas, «tem forçado o afastamento da produção por parte de pequenas e médias explorações em diversas regiões e conduzido à concentração da produção, situação a que não será totalmente alheio o fim dos direitos de produção na vinha».

 



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