Funchalenses sem acesso a transportes públicos
«São muitos os milhares de funchalenses que continuam sem ter acesso ao transporte público, desde as zonas altas do concelho ao chamado centro urbano», adverte, em nota à comunicação social, a CDU. Pegando no exemplo da freguesia do Imaculado Coração de Maria, esta força política dá conta das «promessas partilhadas entre PS e PSD, de que o transporte chegaria a esta localidade, mas a verdade é que as populações continuam sem ter acesso ao transporte público».
Tendo em conta que a Câmara Municipal do Funchal (CMF), a par de outros municípios, «terá um papel fundamental na gestão das verbas anunciadas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)», a CDU considera que é necessário garantir «um levantamento exaustivo das localidades sem acesso ao transporte público» e que «os milhões propagandeados sirvam para resolver os problemas das populações».
«É necessário exigir uma participação mais directa e activa das autarquias – juntas de freguesia e CMF – na definição das políticas de mobilidade e no sistema de transportes, de modo a que passem a desempenhar uma intervenção determinante», defende a Coligação PCP-PEV, que acusa o município de não ter tido «a intervenção necessária em relação aos muitos problemas de falta ou insuficiência de serviço de transporte público de passageiros prestado no concelho pela empresa pública Horários do Funchal».
De acordo com Herlanda Amado, eleita na Assembleia Municipal do Funchal, os «muitos milhões que têm sido apresentados» deverão ser canalizados, sobretudo, para a reforma dos transportes, «que permita combater eficazmente a elevada dependência do transporte individual» e «alavancar a aposta na sustentabilidade e eficiência ambiental, com incentivos claros para a utilização de transportes públicos e o alargamento das suas redes».