Cuba normaliza ano escolar e reactiva actividade económica

Com um maior con­trolo da pan­demia de COVID-19, Cuba re­a­briu no dia 15 es­colas, fron­teiras, ae­ro­portos e ins­ta­la­ções tu­rís­ticas. As pro­vo­ca­ções e ac­ções de­ses­ta­bi­li­za­doras mar­cadas para essa data, or­ga­ni­zadas a partir do ex­te­rior, fa­lharam com­ple­ta­mente.

Com o con­trolo da pan­demia, Cuba re­a­briu fron­teiras, ae­ro­portos e ho­téis

Num clima de tran­qui­li­dade e ale­gria, Cuba rei­ni­ciou no dia 15 o ano es­colar na mo­da­li­dade pre­sen­cial e con­cre­tizou a re­a­ber­tura das suas fron­teiras e dos ae­ro­portos e ins­ta­la­ções tu­rís­ticas, pro­cu­rando re­di­na­mizar im­por­tantes sec­tores eco­nó­micos da ilha.

O pre­si­dente cu­bano, Mi­guel Díaz-Canel, des­tacou nas redes so­ciais que o país abre-se no­va­mente «a amigos, fa­mi­li­ares e tu­ristas, re­ac­ti­vando ta­refas pro­du­tivas, di­mi­nuindo os casos de COVID-19».

De acordo com as au­to­ri­dades da Edu­cação, mais de 718.400 alunos, do pré-es­colar ao quinto grau, in­cor­po­raram-se agora nas aulas. A mi­nistra do sector, Ena Elsa Ve­láz­quez, re­velou que mais de 90 por cento deles re­co­me­çaram o ano es­colar imu­ni­zados contra o co­ro­na­vírus SARS-CoV-2 com as va­cinas de pro­dução na­ci­onal Ab­dala e So­be­rana 02. Acres­centou que, no total, cerca de 1,7 mi­lhões de alunos já estão a fre­quentar os 10.754 es­ta­be­le­ci­mentos de en­sino de Cuba. O rei­nício das ac­ti­vi­dades do­centes ar­rancou a 4 de Ou­tubro, quando vol­taram às aulas 84.500 alunos dos úl­timos anos. A 8 de No­vembro in­gressou nas es­colas um se­gundo grupo, muito mais nu­me­roso.

Re­a­brem ae­ro­portos e ho­téis

Em Cuba, no dia 15, também re­a­briram os 10 ae­ro­portos in­ter­na­ci­o­nais, num pro­cesso que será es­ca­lo­nado e con­tro­lado. O Mi­nis­tério dos Trans­portes in­formou que, a partir dessa data, au­men­tarão para mais de 400 os voos se­ma­nais para Cuba.

Ao mesmo tempo, o Mi­nis­tério do Tu­rismo anun­ciou ter cer­ti­fi­cado as ins­ta­la­ções ho­te­leiras do país de forma a ofe­recer um ser­viço de qua­li­dade e se­gu­rança. Pe­ritos ins­pe­ci­o­naram quase 2.300 ins­ti­tui­ções, entre as quais 600 do sector não es­tatal, in­cluindo casas para alugar e res­tau­rantes.

Em 2021, até agora, a ilha re­cebeu ao redor de 200 mil vi­a­jantes e prevê-se a che­gada de mais 100 mil até ao final do ano. As au­to­ri­dades es­peram que o sector do tu­rismo in­ter­na­ci­onal con­tinue, na nova si­tu­ação im­posta pela pan­demia, a re­di­na­mizar-se, apre­sen­tando a qua­li­dade de des­tino se­guro para os vi­si­tantes.

«Um dia feliz» em Cuba

O mi­nistro dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros de Cuba, Bruno Ro­drí­guez, des­tacou a es­ta­bi­li­dade e o am­bi­ente de fe­li­ci­dade exis­tente no povo em re­sul­tado da re­ac­ti­vação das ac­ti­vi­dades do­centes, eco­nó­micas e re­la­ci­o­nadas com a re­a­ber­tura das fron­teiras do país.

«Este 15 de No­vembro é um dia feliz que co­meçou bem cedo com o re­gresso das cri­anças às es­colas; com a re­ac­ti­vação de muitas ac­ti­vi­dades eco­nó­micas, como a re­a­ber­tura das nossas fron­teiras ao tu­rismo», afirmou o di­ri­gente cu­bano, re­fe­rindo-se ainda à ce­le­bração de eventos cul­tu­rais e a co­me­mo­ra­ções com muito sig­ni­fi­cado, após quase dois anos de pan­demia.

O chefe da di­plo­macia de Cuba de­nun­ciou a in­tensa cam­panha me­diá­tica que o go­verno dos EUA or­ques­trou vi­sando sub­verter a ordem cons­ti­tu­ci­onal na ilha, através de in­ci­ta­mentos para gerar di­vi­si­o­nismo no povo e para da­ni­ficar a imagem do go­verno e das ins­ti­tui­ções do país. «O guião de Washington fa­lhou: porta-vozes do go­verno norte-ame­ri­cano in­ten­si­fi­caram a sua cam­panha de in­ci­ta­mento, fa­lando do que eles es­pe­ravam que ocor­resse em Cuba, de­cla­ra­ções tri­pli­cadas na úl­tima se­mana, mas não con­se­guiram al­cançar ne­nhum dos seus ob­jec­tivos», en­fa­tizou.

«As pla­ta­formas tó­xicas que per­se­guem Cuba, ra­di­cadas na sua mai­oria no Sul da Fló­rida, estão ar­ti­cu­ladas com a Casa Branca em ma­téria po­lí­tico-co­mu­ni­ca­ci­onal. Apesar das suas ten­ta­tivas de criar uma imagem ar­ti­fi­cial e alheia ao que que ocorre ver­da­dei­ra­mente nas nossas ruas, não o con­se­guiram», afirmou Bruno Ro­drí­guez.




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