O Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) venceu as eleições municipais no país, realizadas no dia 1 de Novembro, e confirmou que continua a ser a principal força política da África do Sul.

Segundo a Comissão Eleitoral Independente (IEC), com o escrutínio completo, o ANC obteve 46,04% do total nacional dos votos, seguindo-se a Aliança Democrática (DA, a maior força da oposição), com 21,48%, e os Combatentes pela Liberdade Económica (EFF), com 10,42%.

Dos 213 municípios sul-africanos, o ANC conseguiu a maioria absoluta em 161, a DA em 13 e o Partido da Liberdade Inkatha (IFP) em 10. Em 66 municípios, nenhum partido alcançou a maioria absoluta, pelo que serão necessários negociações e acordos entre diferentes forças políticas.

Quanto à participação popular nestas eleições locais, que decorreram em contexto de crise sanitária provocada pela pandemia de COVID-19, a IEC revelou que 12,3 milhões de votantes exerceram o seu direito constitucional, ao longo de dois dias de votações especiais e no próprio dia das eleições. Isso representou uma taxa de 47,1% de participação, num universo de 26,1 milhões de eleitores inscritos.

Analistas sul-africanos destacam que, embora o apoio popular tenha sido menor do que nas eleições municipais de 2016, os resultados de agora mostram que os recentes problemas internos sofridos pelo ANC não minaram substancialmente a confiança do eleitorado na capacidade do ANC e seus aliados – o Partido Comunista Sul-Africano e a central sindical COSATU – para conduzir os destinos da África do Sul.

Nas eleições locais de há cinco anos, com a participação de 57,97% dos eleitores, o ANC conquistara 53,91% dos votos, a DA 26,9% e o EFF 8,19%.