80 anos de Adriano Correia de Oliveira assinalados em 2022
A comemoração do 80.º aniversário de Adriano Correia de Oliveira – um dos mais destacados cantores de Abril e da Liberdade – decorrerá durante o ano de 2022 com uma programação diversificada em todo o País.
O Adriano cantou Abril como poucos
Na Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto foi apresentado, dia 16 de Outubro, o Projecto «Adriano80», organizado pelo Centro Artístico Cultural e Desportivo Adriano Correia de Oliveira.
Esta comemoração começa a 10 de Abril do próximo ano com um concerto na Casa da Música, no Porto, e conta com a participação de Samuel, Manuel António Portugal, Rui Pato, Brigada Vítor Jara com Zeca Medeiros, Carlos Alberto Moniz, João Loio, Paulo Vaz de Carvalho, Uxia e Vozes da Rádio.
O livro «Adriano, um canto em forma de Abril – 80 anos» reúne textos de diversas personalidades ligadas à cultura, ao desporto, autarcas e amigos, com capa da autoria do arquitecto Siza Vieira, será também apresentado em Abril, em Vila Nova de Gaia. Por seu lado, o livro de BD «O perigoso pacifista – histórias de Adriano Correia de Oliveira», com desenhos de João Mascarenhas e textos de Paulo Vaz de Carvalho, será lançado em Coimbra.
Entretanto, foi já editada uma serigrafia da autoria do artista plástico António Carmo. A exposição informativa «Adriano80» percorrerá os distritos de Gaia, Porto, Coimbra, Braga, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro. Estão ainda em desenvolvimento iniciativas no âmbito da poesia, teatro e multimédia. Outros eventos serão oportunamente divulgados em adrianocorreiadeoliveira.org.
Interesse nacional
Entretanto, em https://peticaopublica.com/psign.aspx?pi=PT110384, está a decorrer um abaixo-assinado, dirigido à ministra da Cultura, onde se pede a classificação da obra de Adriano Correia de Oliveira como de interesse nacional.
«A obra de Adriano Correia de Oliveira é vasta, sendo uma das mais bonitas, ricas e representativas da música popular feita no século XX no nosso País. Ela tem as palavras que descrevem vivências, lutas e aspirações de um povo que vivia sob as nuvens negras do fascismo e os sons da esperança, da alegria e da resistência do mesmo povo que por sonhar, resistir e lutar, começou a construir uma democracia que teve nos cantores de Abril a sua voz», acentua o texto da petição.
«O Adriano cantou Abril como poucos e deixou um legado como ninguém. É uma obra que se estende no território nacional e com dimensão internacional, que não tem a projecção devida e que lhe devia ser dada, principalmente pelo Pais que o viu nascer», acrescenta o documento, concluindo: «A classificação da obra do Adriano seria um passo essencial para a valorização, consolidação e difusão do seu legado, levando a obra ao patamar que ela merece, sendo também um passo essencial para o seu conhecimento por parte das novas gerações.